Os servidores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) estão insatisfeitos com a aprovação, pela Assembleia Legislativa (Alepi), do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) da categoria. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Uespi (Sintuespi), o Projeto de Lei enviado pelo Governo do Estado causa prejuízos salariais e emperram a carreira dos servidores.
“Alguns servidores chegarão a perder mais de R$ 500 em seus vencimentos, transformados em uma espécie de ‘vantagem pessoal’, que não se incorpora à aposentadoria e ainda se diluirá com o tempo”, explica o presidente do Sindicato, Gardênio Dantas.
O representante dos servidores explica que o projeto elaborado pelo governo faz os servidores voltarem ao início da carreira e ainda dificulta sua progressão, tendo que esperar pelo menos seis anos para voltarem à posição em que se encontram hoje. “Em alguns casos, o servidor se aposentará sem voltar à classe em que se encontrava antes desse PCCS”, denuncia.
Por conta dessas perdas, a categoria rejeitou o Projeto de Lei por unanimidade durante assembleia geral realizada na última quinta-feira, dia 13.
Prejuízos
O Sindicato dos Trabalhadores da Uespi denuncia que o Plano de Cargos proposto pelo governo – e aprovado na Alepi – enquadra os servidores ignorando a posição em que se encontram hoje na carreira, e dificulta sua progressão.
“Em muitos casos, o servidor precisará de pelo menos seis anos, em outros poderá levar até 18 anos, para voltar à classe em que se encontrava antes da aprovação do plano; enquanto isso, a perda salarial, que pode chegar a mais de R$ 500, será transformada em um tipo de ‘vantagem pessoal’, que se dissolverá conforme o salário reduzido seja reajustado, ou seja, muitos funcionários terão sua remuneração total congelada por um período de cinco a até 10 anos”, explica Gardênio Dantas.
Além do enquadramento prejudicial, a forma de promoção e progressão foi dificultada. No caso da promoção, que antes se dava por qualificação escolar ou acadêmica, agora é exigido que o servidor espere pelo menos 10 anos, em uma “progressão horizontal”, com pequenos acréscimos salariais, que não chegam a R$ 50 a cada dois anos.
Segundo o Presidente, o PCCS é uma luta de mais de 20 anos e por isso existe uma maior necessidade de discussão com a categoria. “Nós queremos resolver de forma pacífica, acredito que houve um desencontro de informações, queremos é que o governador nos escute, pedimos acima de tudo dialogo com a categoria, para que tudo seja resolvido de forma pacífica”, finalizou.
Com informações do Portal O Dia