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Mais de 2 mil famílias vivem em áreas de risco em Picos e sonham com local digno

26/12/2012 |
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A falta de moradia decente é um problema que não atinge apenas as grandes cidades do centro sul do país. Em Picos, mais deduas mil famílias moram em áreas de risco, principalmente nas encostas dos morros e, convivem diariamente com os perigos de desabamentos e desmoronamentos.

Casa não tem qualquer segurança

Na gestão do ex-coordenador municipal da Defesa Civil, Francisco de Assis Batista Portela (Sisin), a Prefeitura de Picos fez um mapeamento das áreas de risco na cidade e, constatou que a situação é preocupante, pois mais de duas mil famílias são atingidas diretamente pelo problema.

Casa em situação de risco em Picos - Foto: José Maria Barros

Casa em situação de risco em Picos – Foto: José Maria Barros

Para Sisin, é indispensável que sejam implementados projetos visando à transferência dessas famílias que se encontram em áreas de riscos para outros locais, oferecendo a elas todo apoio necessário para que consigam se instalar adequadamente.

Segundo Sisin, é necessário também reforçar a legislação e ampliar a fiscalização para impedir que, outras famílias ocupem as casas desocupadas por aqueles moradores que foram contemplados com residências construídas pelo governo em locais adequados.

“Durante os mais de sete anos na coordenação da Defesa Civil em Picos, tentei retirar o máximo de famílias de áreas de risco. Conseguimos alguma coisa, mas o problema é mais sério do que se imagina. Logo que uma família desocupa a casa, imediatamente outra ocupa essa área que ameaça a sua sobrevivência”, explica Sisin.

Prevenção

Diante da possibilidade de uma tragédia provocada por desmoronamentos de terra e queda de pedras de grandes proporções, o Corpo de Bombeiros diz que faz um trabalho preventivo junto a essas famílias que vivem em áreas de risco na cidade de Picos.

“Nós conversamos com essas pessoas e recomendamos sobre as precauções a serem tomadas. Se for preciso pedimos para que deixem o local. No caso de vítimas fazemos o resgate e auxiliamos na retirada dos pertences”, explica o tenente Barbosa, do Corpo de Bombeiros de Picos.

Segundo ele, na maioria das vezes quem procura o órgão são vizinhos dessas casas de áreas de risco com receio de serem prejudicados se houver algum desmoronamento.

“Nesse caso, é recomendado que se faça o registro do Boletim de Ocorrência e solicite a certidão junto ao Corpo de Bombeiros caso a pessoa venha precisar do auxílio do poder público municipal”, explica o tenente Barbosa.

 

Com informações do GP1: José Maria Barros

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