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O Santos estava em negociação com o atacante Nenê, do Paris Saint-Germain, desde o final do ano e até o início da última semana demonstrava otimismo com a evolução da negociação, mas neste sábado o clube criticou a postura do jogador.

Nenê, que defendeu o Santos em 2003, acertou com o Al Gharafa, do Qatar, na sexta.

"Chegamos a pensar em tudo, inclusive sobre a possibilidade de termos sido usados cada vez que aumentamos a proposta salarial pelo jogador. Talvez ele já tinha essa proposta do Qatar há tempos e pediu para o seu empresário ver se conseguia equiparar aqui no Brasil", disse Odílio Rodrigues, presidente em exercício do Santos.

"Nenê levou muito tempo alimentando as negociações com o Santos para depois ir ao Qatar. Ele poderia ter antecipado a resposta", acrescentou.

O clube alvinegro já tinha acertado salários e o tempo de contrato (cerca de três anos) e aguardava resposta do atacante.

	Fadi Al-Assaad 02.jan.13/Reuters
	Nenê (à esquerda) comemora seu gol ante o Lekhwiya, abraçado a Lucas

O técnico Muricy Ramalho admitiu na última entrevista que a negociação havia ficado por conta da oferta árabe. "O Santos fez uma proposta muito boa. Quem decide é o jogador. Ele decide onde quer jogar", disse o treinador na sexta-feira.

Muricy disse também que o clube estava de olho no meia-atacante Carlos Eduardo, ex-Grêmio e do russo Rubin Kazan, mas segundo Odílio Rodrigues ainda não há negociação.

"Carlos Eduardo é um nome, mas ainda não temos nada. O Muricy pediu, mas ainda é cedo", disse Odílio à Folha por telefone.

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