Matéria / Polícia

Arma apreendida some do processo do vereador Titico Barbosa

01/02/2013 |
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Imagem: Cidade Verde

Advogado Nazareno Thé

O advogado Nazareno Thé, responsável pela defesa de José Gonçalves Nunes, o "Zé Neto" e Josimar Holanda Nunes - pai e filho - acusados de autoria do assassinato do vereador Francisco de Assis Pio da Silva, o "Titico", ocorrido na zona rural de Picos, confirmou que irá representar contra o juiz Geneci Benevides Ribeiro e o delegado Luís Guilherme Ulisses para que os mesmos apresentem uma arma - pistola, calibre 380, austríaca- que foi apreendida e misteriosamente desapareceu do processo.


Segundo Nazareno Thé, no local do crime - um bar no povoado Angical dos Domingos, em Picos - a polícia apreendeu a arma juntamente com um carregador com 12 balas intactas e seis deflagradas que estavam dentro do carro do vereador Titico, mas quando da primeira audiência de instrução, a mesma não foi apresentada.


O advogado solicitou ao juiz em audiência realizada no dia 18 de janeiro que a arma fosse apreendida, isto para que pudesse ser feito um reconhecimento pelas testemunhas, pois existem indícios de que a mesma fora usada pela vítima no local do delito, mas a arma não apareceu.


O juiz Geneci Benevides afirmou em ato contínuo que havia encaminhada a mesma para a Corregedoria do Tribunal de Justiça, mas a pedido do advogado Nazareno Thé, o cartório da 5ª Vara Criminal de Picos, onde o processo tramita, expediu uma certidão, assinada pelo funcionário Edmilson dos Santos Aires, informando que não existe registro de depósito de tal arma naquele cartório. Diante de tal afirmação, a advogada Elza Holanda Gonçalves, que também trabalha na defesa dos acusados, foi à delegacia solicitar informações sobre a mesma para o delegado Luís Guilherme e este teria se recusado a dá e ainda a ameaçou de prisão, caso ela não saísse da delegacia.


ANULAR AUDIÊNCIA - O advogado Nazareno Thé afirmou que a arma que se encontra apreendida juntamente com o carregador e os projéteis deflagrados, conforme auto de apreensão constante no processo, tem que fazer parte dos autos e ser levadas a audiência para o reconhecimento.


Segundo Nazareno Thé, ele irá requerer a nulidade da audiência realizada no dia 18, pois as testemunhas não tiveram a oportunidade de ver a arma e, portanto, fazer o reconhecimento, ficando, assim, prejudicada a defesa. A próxima audiência será no dia 4, próximo, e a arma deverá está presente.


REPRESENTAÇÃO -  Nazareno Thé afirmou que irá representar o juiz Geneci Benevides junto a Correge-doria do Tribunal de Justiça e ao Conselho Nacional de Justiça - CNJ e o delegado Luís Guilherme na Corregedoria de Polícia Civil e junto a Ordem dos Advogados do Brasil.

 

 

Diário do Povo

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