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Técnica usada no caso Patrícia Acioli ajuda a desvendar crime do Emídio

16/03/2013 |
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Técnica usada no caso Patrícia Acioli ajuda a desvendar crime do EmídioA Polícia Civil do Piauí usou a técnica apresentada na investigação da morte da juíza Patrícia Acioli, para desvendar o assassinato do ex-vereador de São Julião, Emídio Reis da Rocha.
Hoje, cinco pessoas foram presas acusadas na morte do ex-vereador, entre elas, o vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira (PP).
A quadrilha foi descoberta após moderno monitoramento de aparelhos celulares, nova técnica usada em inquéritos policiais no País.

Juíza Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros

No último dia 30 de janeiro, três policiais militares foram condenados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011. A justiça considerou as provas apresentadas no inquérito para incriminar os policiais miliares.

A magistrada foi morta com 21 tiros quando chegava em casa após o trabalho. Segundo investigações, a magistrada passou a incomodar o grupo de policiais quando foram iniciadas investigações sobre a corrupção no Batalhão de São Gonçalo.

O secretário Estadual de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, confirmou que a mesma técnica do Rio de Janeiro foi usada no caso do ex-vereador Emídio Reis.

A parafernália digital rastreia o aparelho celular da vítima e faz comparativos com os locais e horários onde os suspeitos estiveram. O monitoramento é feito num raio próximo de onde passou a vítima e os acusados. Na investigação foi confirmado que o ex-vereador estava  sendo seguido pela quadrilha dias antes do crime.

Vice-prefeito José Francimar Pereira

“Foi a mesma técnica, só que temos muito mais pontos de convergência do que na investigação da juíza. O juiz julgou e condenou os autores do crime dela com muito menos pontos de convergência”, disse Robert Rios.

Segundo ele, as provas são “contundentes” e “definitivas”. “não há nenhuma dúvida que esse grupo tenha participado da morte do ex-vereador”.

Crime

Em coletiva, o delegado geral James Guerra revelou que Emídio Reis foi assassinato por organização criminosa que encomendava mortes em troca de divisão de mandatos de prefeito e vice. A morte do ex-vereador foi planejada em reunião no mês de novembro. Dois meses depois o político foi morto.

O ex-vereador foi morto no último dia 31 de janeiro, mas o corpo só foi encontrado 6 de fevereiro, a 20 km da cidade de Pio IX, no sul do Piauí. Ele levou dois tiros, um na perna, outro na nuca. Ferido, ele foi enterrado ainda vivo, já que estaria com areia na traqueia.

Devido ao avançado estado de decomposição, o corpo só foi identificado por familiares por conta das roupas que vestia quando o ex-vereador desapareceu. A prisão do vice-prefeito  aconteceu durante a operação Mandacaru, realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e do Núcleo de Inteligência da polícia.

Emídio Reis

Flash Yala Sena

 

 

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