O segundo torneio mais importante do Brasil terá a estreia de cinco clubes da primeira divisão nesta semana. Flamengo, Internacional, Atlético-PR e Criciúma dão a largada nesta quarta-feira na primeira fase da Copa do Brasil.

Na quinta, a Ponte Preta completa o quinteto da elite no que até o ano passado era considerado o caminho mais curto para a Libertadores.

Já não é mais, ao menos em tempo de duração.

O campeão terá de encarar dez meses de disputa --os times que estão na Libertadores vão estrear somente em agosto, já nas oitavas de final.

O número de clubes também é o maior da história da competição e de todos os torneios nacionais do país. São 87 representantes de todos os Estados e do Distrito Federal.

São Paulo é o estado com mais participantes: 12. Rio de Janeiro, com sete, e Minas Gerais, com seis, vêm em seguida. Paraná e Rio Grande do Sul têm cinco cada um.

O novo formato adotado pela CBF torna o torneio criado em 1989 mais parecido com as principais copas nacionais da Europa, realizadas durante toda a temporada.

Desde 1993, a Copa do Brasil era disputada no primeiro semestre, paralela à Libertadores e aos Estaduais. A partir de 2001 passou a excluir os times que estavam na Libertadores, algo que a CBF procurou corrigir agora.

Mas o novo formato já começa com ao menos um furo. O São Paulo, único entre os grandes paulistas que nunca foi campeão, ficará fora.

O clube foi excluído pela CBF para evitar conflito de datas, uma vez que é o único brasileiro já garantido na Copa Sul-Americana --é o campeão. Assim, a vaga que teria nas oitavas de final foi herdada pelo Vasco, quinto colocado no Brasileiro-12.

Os demais representantes da Copa Sul-Americana serão definidos pela Copa do Brasil, outra novidade deste ano. As vagas ficarão com os oito eliminados na terceira fase.

A ausência são-paulina não chegou a ser lamentada. O técnico Ney Franco chegou a dizer que preferia disputar um torneio internacional do que encarar a disputa nacional em meio à Série A.

A avaliação do técnico são-paulino, contudo, não é compartilhada pela diretoria de outros grandes clubes.

Apesar de analisarem o calendário como sobrecarregado, eles ainda veem a Copa do Brasil como melhor forma de chegar até a Libertadores.

O Santos, por exemplo, aponta como prioritária a conquista. A diretoria planeja se reforçar após o Paulista, e o técnico Muricy Ramalho até estuda poupar jogadores no Estadual.