O processo de cassação do governador Wilson Martins (PSB) está na lista de oito que correm o risco de “caducar” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso devido a falta de perspectivas para entrar na pauta de votação ainda em 2013. A previsão é para o final de 2014, quando os mandatos estão se encerrando. No caso do Piauí, o processo pode perder o objeto já em abril, se o chefe do executivo confirmar sua candidatura ao Senado Federal.
Segundo a matéria divulgada com site do IG, o processo do governador está ainda em fase de instrução ou dependendo de pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ter seguimento. Com isso a tendência é que eles sejam julgados no ano que vem.
O advogado de Wilson Martins, Willian Guimarães, informou estar tranquilo e ressaltou ainda que este processo se trata de um apanhado de acusações movidas pelo tucano Silvio Mendes e pelo PSDB. “Esse é uma junção de todos os processos que eles já acusaram o governador. Juntaram em um só e entraram com um recurso contra expedição de diploma”, disse o defensor do chefe do executivo do Piauí.
Willian Guimarães explicou ainda que o TSE já solicitou a oitiva das testemunhas e que o próprio gestor já foi ouvido, mas como a acusação entrou com uma solicitação de anexação de mais documentos, e foi negado, o processo permanece em fase de instrução. “Eles pediram para anexar provas já produzidas, mas foi negado, eles solicitaram novamente se não aceitaram, eles podem ir para o Supremo Tribunal Federal. Isso é um direito deles”, informou o advogado.
O governador do estado já foi apontado por ter cometido diversas irregularidades entre eles o uso de placas com logomarca do governo durante as eleições. Ele foi suspeito de conduta vedada a gestor público, propaganda irregular, gastos ilícitos de recursos e abuso de poder público. Ele já passou por mais de 11 julgamentos por crimes eleitorais e em sua maioria foi absolvido, e alguns deles, foi condenado apenas ao pagamento de multa.ÂÂÂ
Outros processos que podem “caducar”:
Além da ação contra Wilson Martins, outras sete ações que correm o risco de “caducar” são contra os governadores do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB); Acre, Tião Viana (PT); Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB); Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB); Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), e Ceará, Cid Gomes (PSB). São processos que, até o momento, não têm perspectiva de entrarem na pauta do TSE.
Fonte: Portal Az