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Todos os agrônomos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Piauí (INCRA-PI) que ocupavam cargo de confiança, entregaram na tarde desta quarta-feira (21), seus cargos de chefia. O ato é uma medida extrema que os técnicos federais de todos os Estados estão adotando, a fim de conseguir acordo com o Governo Federal para a reestruturação do plano de carreira.
De acordo com o representante do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (SindPFA) no Piauí, Bertolino Assunção, a categoria tenta chegar a um acordo com o Governo há 38 meses. “Estamos negociando há 38 meses, o perito federal agrário é um dos que menos recebe no Brasil. O funcionário de nível superior recebe menos que um técnico de nível médio, é um absurdo. Todos que ocupavam cargo de confiança entregaram os cargos. Queremos a reestruturação da carreira”, afirma.
Os peritos pedem que seja estabelecido no novo plano de carreira como ganho mínimo, o equivalente ao ganho final do técnico de nível médio. E como teto máximo o valor final que recebe um agrônomo do Ministério da Agricultura.
De acordo com Bertolino Assunção, os demais funcionários se comprometeram a não assumir nenhum cargo de chefia. O que implicará na paralisação das atividades do INCRA no Estado. Uma nova reunião está marcada para acontecer em Brasília entre os representantes do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários, no Ministério do Planejamento, na próxima segunda-feira (26).
Bertolino chamou atenção ainda para o fato de que há um ano não é feito um decreto para desapropriação de terras no Piauí, para a Reforma Agrária. “Há um descaso do Governo Dilma com a Reforma Agrária. Não houve um decreto de desapropriação de terras para a Reforma Agrária no Piauí há um ano. A categoria que trabalha com Agricultura Familiar não está sendo valorizada”, ressalta.
Fonte: Portal AzÂÂ
