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Índice de analfabetismo cai no Piauí, mas resiste na população de 40 anos

28/09/2013 | Edivan Araújo
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A taxa de analfabetismo continuou caindo no Piauí entre as pessoas de 5 anos ou mais de idade. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta sexta-feira (27), o percentual de pessoas sem estudo em 2012 foi de 19,33%, embora inferior aos 30,08% de 2003, ainda resiste na população de 40 anos ou mais de idade, só reduziu de 47,43% para 32,65%, nos últimos 10 anos.
No mesmo período, o percentual de pessoas com 15 anos ou mais de estudo (com graduação, mestrado, doutorado e pós) passou de 2,22% para 4,84%. Por outro lado, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade, sem instrução ou menos de um ano de estudo, só reduziu dos 24,81% de 2003 para 17,97% em 2012.
Para o Pnad, a rede pública de ensino continua sendo responsável pela educação básica e fundamental de 85,40% dos piauienses. O contrário vem acontecendo no ensino superior, onde a participação da rede pública de ensino reduziu de 63,48% em 2003 para 47,12% dos 104 mil acadêmicos do Piauí em 2012.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, o analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade parou de cair no Brasil. Em 2012 a taxa foi estimada em 8,7%, o que correspondeu ao contingente de 13,2 milhões de analfabetos. Já no ano de 2011, essa taxa foi de 8,6% e o contingente foi de 12,9 milhões de pessoas

Em relação aos dados regionais, em 2012, as regiões Sul e Sudeste apresentaram taxas de analfabetismo de 4,4% e 4,8%, respectivamente, tendo a região Sudeste mantido a mesma taxa que no ano anterior. Na região Centro-Oeste, a taxa foi de 6,7%. Na região Norte, o índice é de 10,0%. A região Nordeste registrou taxa de analfabetismo de 17,4% entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade em 2012, 0,5 ponto percentual acima da taxa de 2011 (16,9%).
Segundo a pesquisa, o Nordeste concentra mais da metade (54%) do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade do Brasil, um contingente que somava 7,1 milhões de pessoas. Mas analisando a evolução em 8 anos, a maior queda da taxa de analfabetismo foi verificada na região Nordeste, de 5,1 pontos percentuais (22,5%, em 2004, para 17,4%, em 2012).

selo Pnad analfabetismo (Foto: Editoria de arte/G1)

Nota

Para IBGE, só a próxima Pnad poderá confirmar aumento do analfabetismo. "Ao longo do tempo a tendência foi de redução como um todo,  com taxas em níveis estáveis entre a  população idosa. O resultado de 2012 não é significativo em relação a 2011, pode ter acontecido por conta da amostragem probabilística. No ano que vem é que se vai ver se a taxa permanece estável ou continua na tendência de queda", disse a presidente do IBGE, Wasmália Bivar.

Em nota, o Ministério da Educação afirmou que "o analfabetismo de jovens e adultos vem sendo reduzido no Brasil — passou de 11,5% em 2004 para 8,7% em 2012", e destacou que "na faixa de 15 a 19 anos, a Pnad de 2012 registra taxa de analfabetismo de 1,2%, muito inferior à média geral, o que demonstra a efetividade das políticas em curso para a educação básica".
O MEC diz ainda que "na análise dos dados da Pnad deve-se considerar a dificuldade de identificar variações significativas no intervalo de um ano para outro, consideradas a metodologia usada e a natureza do fenômeno medido. Nesse caso, a análise da série temporal apresenta uma visão mais adequada do fenômeno em questão. O Ministério da Educação monitora com atenção os dados de evolução do analfabetismo no país e dará continuidade aos esforços no sentido de romper com o ciclo de produção do analfabetismo".

Fonte: G1 Piauí

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