A proposta (PDC 1361/13), que altera as bancadas dos estados, teve a urgência aprovada e a votação em plenário será na terça-feira (12). Os deputados dos estados que ganham com a resolução estão tentando obstruir a votação.
O objetivo da votação do projeto é suspender a resolução do TSE, que alterou o tamanho da representação de alguns estados na Câmara. Para alterar as bancadas, o TSE levou em conta os dados mais recentes de população divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Oito estados perderão deputados, enquanto cinco ganharão mais representação
Pela resolução, Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul perderão uma cadeira, enquanto Paraíba e o Piauí terão dois deputados a menos.
Os beneficiados com mais uma cadeira serão Amazonas e Santa Catarina, enquanto Ceará e Minas Gerais ganharão outros dois representantes. O maior beneficiado é o Pará, que ganhará quatro deputados a mais.
A resolução também redefine as vagas das assembleias legislativas e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
O argumento dos deputados que defenderam o projeto é de que a definição do tamanho das bancadas depende do Congresso, não do Judiciário. “Não cabe ao TSE interferir numa questão política que cabe ao Senado e à Câmara”, disse o deputado Júlio César (PSD), considerando que o Judiciário está agindo além de sua competência.
O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) também defendeu a suspensão da resolução do TSE. “Tivemos as prerrogativas tiradas pelo TSE numa resolução que faz o que é de competência do Congresso Nacional”, disse.
O deputado João Ananias (PCdoB-CE) disse que a Casa sairia diminuída se a votação fosse concluída. “Estados como o Piauí perdem, mas o Ceará deixa de ganhar. Os estados que não ganham e nem perdem não podem virar o fiel da balança agora”, afirmou.
Fonte: Portal Az