O Ministério Público Estadual do Piauí (MPE-PI) continua sua 'peregrinação' no Governo do Estado em busca de um maior orçamento para o ano de 2014.
No início do mês a procuradora geral de Justiça, Zélia Saraiva e comitiva, foram até à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) cobrar dos deputados a aprovação do projeto com a proposta inicial do MP-PI.
Na manhã desta segunda-feira (18/11), a Assessora de Planejamento e Gestão do Ministério Público, Flávia Castro, concedeu entrevista na TV Cidade Verde e disse que a situação é de calamidade. Ela explicou que a proposta enviada ao Governo é de R$ 174 milhões, o que seria suficiente para atender as necessidades básicas na capital e no interior. Porém, ela teme um reajuste linear e não absoluto, o que reduziria este valor.
"O Governo não quer aprovar nosso valor e deve mandar para a Alepi uma proposta no valor de R$ 128 milhões, o que dificulta a realização do nosso trabalho. Para se ter uma ideia, das 84 Comarcas no estado, o MP tem servidores em apenas 20 e mesmo estes trabalham de forma sobrecarregada. Falta estrutura física e de pessoal. Nós temos 68 cargos de promotores vagos no Piauí e uma lista com 100 promotores aprovados em concurso esperando para serem nomeados, mas falta recurso. Todos os anos é essa luta, mas ainda não tivemos a solução do problema", aponta a assessora Flávia Castro.
SITUAÇÃO CAÓTICA
De acordo com Flávia Castro, a situação se complica no interior do estado. A assessora afirma que em 2013 apenas 15 promotores foram nomeados. "Estes respondem por até 30 comarcas e há casos em que um promotor responde por até oito cidades", ressalta Flávia Castro.
Fonte: 180graus