A Espanha despencou dez posições em um ranking global de percepção da corrupção, ficando em 40º lugar, num reflexo da série de escândalos que atinge o partido governista de centro-direita e a família real, disse a entidade Transparência Internacional nesta terça-feira.
O Brasil ficou em 72º lugar no ranking, com 42 pontos -- um ponto a menos do que no índice de 2012, quando ficou em 69º lugar. Pelos critérios do ranking, a nota 0 indica corrupção total, e a nota 100 significa a impressão de que não existe corrupção no país.
No índice de 2013, a Espanha está entre os países que mais perderam pontos, junto com Gâmbia, Mali, Guiné-Bissau e Líbia. O único país que caiu mais no ranking foi a Síria, mergulhada em uma guerra civil.
O ranking de 2013 é composto por 177 países, nos quais Nova Zelândia e Dinamarca aparecem como os menos corruptos -- como já eram em 2012, junto com a Finlândia.
Repetindo a posição do ano anterior, Somália, Coreia do Norte e Afeganistão aparecem empatados na lanterna.
A pesquisa da Transparência Internacional não avalia a real incidência da corrupção --algo praticamente impossível, dado o sigilo que a cerca--, e sim a percepção que as pessoas têm a respeito do problema.
A Grécia continua sendo o país da União Europeia com a maior percepção de corrupção, apesar de ter subido de 36 para 40 pontos em um ano, e saltado da 94ª para a 80ª posição.
A maior melhora no mundo foi de Mianmar, que saiu em 2011 de 49 anos de regime militar. O país asiático melhorou 6 pontos e ganhou 15 posições, ficando na 157ª.
Entre as grandes economias mundiais, os EUA ficaram em 19º lugar, e a China, em 80º -- ambos repetindo a posição do ano passado. A Rússia melhorou ligeiramente e está em 127º lugar, depois de ficar em 133º no ano passado. O Japão caiu uma posição e ficou em 18º.
Fonte: Reuters