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MEC suspende vestibulares de faculdades do Piauí

07/12/2013 | Edivan Araújo
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O Piauí teve os vestibulares de quatro cursos em três faculdades suspensos por conta da nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Em todo Brasil foram suspensos os vestibulares em 270 cursos de graduação por não conseguirem conceitos satisfatórios no Enade de 2012. 

Os cursos de Direito e Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda do Instituto de Ensino Superior de Teresina (Iest), o curso de Ciências Contábeis do Centro de Ensino Superior do Vale do Parnaíba (Cesvale) e o curso de Administração da Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina (Faete) obteram conceitos 2 nas notas do ano passado.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a medida já vale para os atuais processos seletivos. Ele apresentou as medidas de regulação e supervisão tomadas com base nos indicadores de qualidade do ensino superior referentes a 2012 — conceito preliminar de curso (CPC) e índice geral de cursos (IGC).

Em uma escala até 5, os conceitos 1 e 2 são considerados insatisfatórios. Instituições de ensino e cursos ficam sujeitos a medidas de regulação e supervisão. “Nossa obrigação é assegurar qualidade aos estudantes”, disse Mercadante. “Precisamos continuar expandindo, mas com qualidade. Não tem negociação, os critérios são rigorosos.”

 Os 270 cursos com CPC insatisfatório em 2009 e 2012 representam um corte de 44.069 vagas de administração, ciências contábeis, direito, comunicação social e demais cursos nas áreas de humanidades. Do total de cursos, 152 (24.828 vagas) apresentaram tendência positiva, com melhora contínua de no mínimo dois décimos em 2009 e 2012. Outros 118 (19.241 vagas) tiveram tendência negativa, sem avanço nos indicadores.

 Compromisso 

Além da medida cautelar de suspensão de ingresso, os cursos com CPC 1 ou 2 terão de firmar protocolo de compromisso, com plano de melhorias detalhado e medidas a serem tomadas em curto e médio prazo. Em 60 dias, os cursos mal avaliados devem passar por reestruturação no corpo docente. Ou seja, investir em dedicação integral e titulação dos profissionais. 

Em 180 dias, por readequação da infraestrutura e do projeto pedagógico. O plano de melhoria será acompanhado por comissão de avaliação, que fará relatórios periódicos. Caso se verifique o não cumprimento das medidas, será instaurado processo administrativo, que pode resultar no fechamento do curso.


Da redação
Com informações do MEC

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