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O governador Wilson Martins (PSB) está aproveitando os últimos dias de 2013 para se reunir com lideranças dos partidos que compõem sua base aliada, sobretudo os petistas. A intenção do chefe do Executivo é remover as arestas que ainda representam um obstáculo para a reforma do seu secretariado, prevista para ocorrer no início de janeiro.
No domingo, Wilson recebeu na residência oficial o deputado federal Nazareno Fonteles (PT) e a ex-secretária Regina Sousa, presidente do diretório estadual do PT no Piauí. Ontem, foi a vez dos deputados Fábio Novo (PT) e João de Deus (PT) reunirem-se com o governador.
Na oportunidade, Fábio colocou a Fundac (Fundação Cultural do Piauí) à disposição de Wilson. O órgão é presidido desde janeiro de 2011 pela atriz e produtora cultural Bid Lima, que foi indicada pelo deputado petista. 
O governador sabe da incompatibilidade entre seu projeto de sucessão, encabeçado pelo vice Moraes Souza Filho (PMDB), e as pretensões do PT, que não abre mão de lançar a candidatura do senador Wellington Dias. Mesmo assim, Wilson tem dito aos petistas que ainda crê na manutenção da aliança histórica entre PSB e PT no pleito de 2014.
“O governador vai aguardar o retorno do senador Wellington Dias, no dia 28, mas nessa reunião ele reiterou que precisa de uma posição do PT até o dia 2 de janeiro. Como nessa data eu estarei numa viagem pessoal, coloquei desde já a Fundac à disposição [...] Mas o governador também deixou claro a possibilidade de permanecer no governo até o final do mandato, e a vontade de manter a aliança com o PT em 2014”, revela Fábio Novo.
Ontem, o secretário Francisco Guedes confirmou que não pensa em deixar a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc), a não ser que seja esta a vontade do governador.
"Eu pretendo ficar na Sasc até o dia que o governador permanecer no governo. Nós [petistas] estamos nos cargos em função da eleição passada, não em função da eleição futura”, avisa Guedes, que foi indicado para a Sasc na cota da executiva estadual do PT.
Além da Sasc e da Fundac, os petistas detêm o comando de outras quatro pastas na administração estadual – Secretaria de Cidades, Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), Secretaria de Justiça e Piauí Fomento.
Desde o início de dezembro o governador Wilson Martins tem afirmado que, a partir do dia 2 de janeiro, só permanecerão no governo aqueles que estiverem em sintonia com o projeto sucessório de 2014, liderado por Zé Filho e pelo PMDB. Os petistas, contudo, só pretendem se reunir no dia 4 de janeiro para discutir a situação do partido no Governo do Estado.

Fonte: Jornal O Dia