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No 'Fantástico', Piauí é destaque por mortes em acidentes com jet-skys

06/01/2014 | Edivan Araújo
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As equipes do Fantástico percorreram praias e represas do Brasil para denunciar que ainda é fácil alugar moto aquática e pilotar o equipamento sem habilitação. A prática é ilegal, feita no jeitinho, pra fugir da fiscalização. E expõe todo mundo ao perigo - quem pilota e, principalmente, quem está na água, só pra curtir o verão.

É lei: só pode pilotar uma moto aquática quem fez aulas, passou nas provas e conseguiu a habilitação. Mas, em algumas praias, se você pagar, não precisa de nada disso.

Esta semana, o Fantástico foi a várias praias e represas, para saber o que aconteceu de dois anos pra cá? Em janeiro de 2012, mostramos como as motos aquáticas representavam um perigo para os banhistas.

Um mês depois - em fevereiro de 2012 - Grazielly, de 3 anos, foi atropelada e morta por uma embarcação dessas, no litoral paulista.

“O tempo vai passando, a gente sente que realmente você perdeu a pessoa que você mais amava”, disse o pai Gilson Almeida da Silva.

Hoje, as autoridades dizem que ficou mais difícil tirar a habilitação, que as provas estão mais rigorosas. Só que nossas equipes constataram que a imprudência continua.

Menores de 18 anos não podem pilotar, mas pilotam. E criança não deve ficar no banco da frente, alerta a Capitania dos Portos.

“A criança, mesmo que esteja um maior pilotando, não pode ir no primeiro assento”, destaca o capitão Marcelo Ribeiro de Souza da Capitania dos Portos- SP.

ACIDENTES NO PIAUÍ
O uso do colete salva-vidas é obrigatório, mas o empresário Alexandre Silva, 26 anos; e a estudante Luísa Neves, de 16, não usavam colete. E ela não sabia nadar.

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Os dois morreram afogados mês passado, numa barragem, em José de Freitas, a cerca de 40 quilômetros de Teresina, Piauí.

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Há uma semana, em outra barragem, em Guadalupe, também no Piauí, as vítimas foram o empresário Tony Marcos, 34 anos; e o sobrinho dele, Samuel, de 2. Um menino de 6 anos sobreviveu.

Segundo a Capitania dos Portos, o empresário não tinha habilitação e estava sem colete.

“Eu perguntei comigo mesmo: será que esse rapaz não vai diminuir a velocidade?". Quando chegou perto dos garranchos, ele virou bruscamente pra direita, do nada”, conta o soldador Israel Ferreira dos Santos.

Tony perdeu o controle e bateu numa árvore.

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“Uma morte de um filho é o mesmo que uma facada. Não tem coisa pior no mundo”, disse Neusa Damasceno Pereira.

Fonte: Com informações do G1

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