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Presídios do PI têm superlotação maior que do Maranhão

16/01/2014 | Edivan Araújo
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Em evidência devido as constantes rebeliões no presídio de Pedrinhas, o Maranhão tem sido destaque por conta da superpopulação carcerária. O Piauí, no entanto, possui uma lotação ainda mais significativa. Enquanto o Maranhão apresenta um déficit de vagas de 26%, o Piauí possui 30%.

Em números, isso significa que os sistemas prisionais piauienses precisariam disponibilizar, pelo menos, 917* vagas para desafogar os presídios. Ao todo, o Estado disponibiliza 2.238 vagas, que atendem 3.155 presos, ou seja, praticamente 1/3 dos detentos estão amontoados nas celas, pois não há vagas suficientes.

A superlotação é uma reclamação constante do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), que alega ser um dos principais fatores para as várias mortes que acontecem nos presídios. Para que o número de detentos nas penitenciárias diminua, o sindicato pede à Secretaria de Justiça (Sejus), que concluía a construção e reforma de presídios em todo o Estado.

Atualmente dois presídios estão sendo construídos no Piauí, que são nos municípios de Campo Maior e Altos. Além disso, está previsto ainda a construção de mais dois pavilhões na Casa de Custódia, em Teresina.

Para Wellington Rodrigues, vice-presidente do Sinpoljuspi, com a conclusão dessas obras, o número de presos nos sistemas prisionais já existentes iriam diminuir, desafogando os principais presídios do Estado. “Infelizmente as obras estão paradas e a retomada seria de fundamental importância. Estão falando na construção de um Centro de Triagem, mas que demoraria, pelo menos um ano para ser concluída. O ideal mesmo seria o término dessas obras já existentes”, pontuou.

Durante os dias 17 e 18 deste mês, no horário de 8h às 17h, o Sinpojuspi irá realizar a 1ª Conferência Nacional dos Agentes Penitenciários do Piauí. O evento será sediado no auditório da OAB e contará com a participação de palestrantes renomados de Brasília, além de representantes do poder judiciário piauiense, entre eles, o Corregedor do Tribunal de Justiça, Francisco Paes Landim.  O objetivo do encontro é discutir a problemática que envolve o sistema presidiário do Estado. 

 

* Os dados citados na matéria foram divulgados pelo G1 Brasil.

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