Matéria / Geral

Piauí tem apenas 29 prefeitas, menor índice do Nordeste

02/05/2014 | Edivan Araujo
/

O Piauí é proporcionalmente o Estado com o menor número de mulheres à frente do Poder Executivo municipal, de acordo com a pesquisa Munic, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Das 224 prefeituras municipais, apenas 29 são ocupadas pelo sexo feminino. Em comparação, o estado da Paraíba, que tem 223 cidades, conta com 47 prefeituras geridas por mulheres. No Maranhão, dos 217 prefeitos, 41 são mulheres e, no Ceará, o número de gestoras femininas é de 32 prefeituras entre 184 daquele Estado. 
As mulheres à frente das prefeituras piauienses estão na sua maioria entre a faixa etária dos 41 aos 60 anos, totalizando 16 gestoras. Três prefeituras no Estado são geridas por mulheres acima dos 60 anos e duas delas estão entre 18 e 25 anos. Em todo o Nordeste apenas 295 mulheres comandam o Executivo municipal, dos 1.794 municípios que compõem a região. No Brasil, 675 mulheres são prefeitas entre 5.570 prefeituras do país. 
Na última segunda-feira (28), o PTB de Teresina realizou um seminário para discutir a participação da mulher na política. O evento, chamado de I Encontro “As conquistas femininas na política” – Mulher 2014, foi realizado com o apoio da Fundação PTB (FPTB) e aconteceu no Salão Nobre da Câmara Municipal da capital piauiense. Em seu pronunciamento, a vereadora Graça Amorim chamou atenção para o avanço tímido da participação feminina no Piauí.
Em Teresina, houve um avanço no número das parlamentares, mas, em compensação em outros setores políticos, elas não conseguiram garantir seu espaço. “No pleito anterior, havia apenas três vereadoras: eu, Rosário Bezerra (PT) e Teresa Britto (PV), que renovaram os mandatos. Foram eleitas Cida Santiago (PHS), Celene Fernandes (PTdoB) e Terezinha Medeiros (PPS). Contudo nunca conseguimos ter mulheres como presidente da Câmara, da Assembleia Legislativa. Teresina nunca teve uma prefeita e os partidos são todos presididos por homens”, destaca Graça. 
Atualmente, a Lei Eleitoral reserva apenas 30% das vagas para mulheres em cada coligação. A Vereadora defende que, para se justa, esta divisão deveria ser de 50%.


Fonte: Jornal O Dia 

Facebook