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Escolas já estão se preparando para Olimpíada de Língua Portuguesa

18/05/2014 | Edivan Araujo
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A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro premia as melhores produções textuais de alunos de escolas públicas de todo o Brasil. Neste ano, a competição acontecerá em agosto. A OLP acontece a cada dois anos.

Todos os alunos que estão cursando a partir do 5º ano do Ensino Fundamental até o 3º do Ensino Médio podem se inscrever. Em cada categoria será trabalhado um tipo textual, será trabalhado poema do 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, memórias literárias do 7º e 8º anos do Ensino Fundamental, crônica no 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio e artigo de opinião nos 2º e 3º anos do Ensino Médio.

Segundo Alberto Machado, gerente da 21ª Gerência de Educação, a competição é uma das mais importantes que são realizadas em âmbito nacional em escolas públicas, já que ao estimular a leitura e a escrita, a ação proporciona melhorias não só na disciplina de Língua Portuguesa, mas também em todas as demais, trabalhando a capacidade de interpretação de cada aluno.

As inscrições já foram encerradas no último dia 15. E, de acordo com site oficial da OLP “Escrevendo o Futuro”, no Piauí, 208 Secretarias de Educação municipais fizeram adesão, tendo 5.223 inscrições nas categorias, 1.571 escolas e 2.778 professores inscritos.

Já em Teresina, 104 escolas estão inscritas. “Acredito que em torno de 95% das escolas de Teresina estarão inscritas até o fim deste período, mas o ideal é que todas se inscrevam”, afirma Machado.

Francielma Veloso, professora de Língua Portuguesa, que participou da última Olimpíada de Língua Portuguesa, em 2012, destaca que o empenho e o engajamento dos alunos nas oficinas e em relação ao material preparatório é de grande ajuda para o aprendizado, para uma maior aproximação e experiência com a Língua Portuguesa e, é claro, para a competição.

Como forma de preparação, a escola CEMTI Didácio Silva, do Dirceu II, única premiada na última edição da OLP, esta foi semifinalista, aumentou o número de aulas de redação e os professores estão trabalhando com técnicas que proporciona que o próprio aluno possa se autoavalie, como o exercício da reescrita de textos.

Esta é a quarta edição, e o tema é “O lugar onde vivo”. “Apesar do tema ser o mesmo da última Olimpíada, os textos são diferentes e sua estrutura também. Além disso, alunos que já participaram anteriormente e vão participar novamente estão mais experientes e com maior conhecimento da Língua Portuguesa”, afirma a professora Francielma.

Linguagem da internet atrapalha a produção de textos

Nesta primeira etapa, escolas e professores estão se mobilizando na preparação dos alunos, explicando o que é a OLP, sua importância, o que será avaliado, enfim, nesta fase é como se escola ensinasse as regras de um jogo, neste caso, as normas e procedimentos da OLP. Quanto às aulas em sala de aula, são ensinados primeiramente a estrutura dos textos que serão produzidos, de acordo com cada modalidade (cada turma, no caso).

A aluna Mônica Hipólito, de 16 anos, já está se preparando para a competição e afirma que na última vez que participou, apesar de não ter sido classificada, foi um ótimo aprendizado. “É uma preparação que ocorre durante todo o ano, para participar é essencial que estejamos bem preparados”, afirma Mônica.

A professora de Língua Portuguesa, Alyssandria Laudier, também destaca que ao trabalhar com seus alunos, muitos querem trazer a linguagem utilizada em redes sociais e mensagens rápidas de web ou celulares para as produções de textos, e isso, muitas vezes, atrapalha no aprendizado das normas de escrita e da gramática da Língua Portuguesa, ou seja, na qualidade do texto.

Ainda há um grande reforço quanto à metodologia trabalhada. “Esta competição também aumenta a autoestima dos alunos, ele se sente capaci tado de produzir um bom texto e sente capacitado em aprender”, destaca Alyssandria.

O lugar onde moro

“O lugar onde moro”, pode suscitar abordagem acerca do Brasil, do Piauí, ou de Teresina. Não importa a amplitude que o aluno deseja abordar. O aluno Leonardo Pontes, por exemplo, do 2º do Ensino Médio, por exemplo, descreveu por meio de críticas o chamado país verde e amarelo.

Leonardo optou por descrever temas atuais, como o alegre cenário de festa em proximidade de uma Copa do Mundo no país do futebol em contraste com o cenário de lutas sociais que buscam melhorias em diferentes âmbitos sociais e da política brasileira. O aluno já está inscrito na OLP e está se preparando. Ele já apresenta grande conhecimento do português e juntando a indispensável atenção ao que acontece em sua volta, este pôde descrever com propriedade o lugar onde ele e todos nós, brasileiros, vivemos.

FONTE: Meio Norte

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