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Piauí registra 78 casos de malária em seis meses

09/07/2011 |
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A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) divulgou na manhã de ontem, dia 8, que o Piauí teve no primeiro semestre deste ano, 78 casos registrados de malária. O número representa 17% do total dos casos de malária em 2010, quando o órgão contabilizou 443. A maioria dos infectados são da região Norte do Piauí nos municípios vizinhos ao Maranhão, estado que faz parte da Amazônia Legal, onde concentra os maiores índices da doença no país. No mês de junho, os sete primeiros casos da malária encontrados em Uruçuí, localizada na região Sul do estado fez com que os técnicos da Sesapi investigassem a situação para impedir o surto epidêmico, alertando a população do avanço da doença.

A coordenadora de Epidemiologia do órgão, Amélia Costa, explicou que os técnicos constataram em pesquisas em Uruçuí que as pessoas contaminadas migraram dos estados do Maranhão e Rondônia para a região rural do município. "As sete pessoas não são de Uruçuí. Tínhamos a suspeita que um dos casos poderia ter sido infectado dentro da própria área, mas comprovamos que a pessoa participou de um banho na cidade de Caxias (MA) e deve ter sido infectada fora do Piauí", comentou a coordenadora.

Avaliações sobre o grau de infecção da doença ainda estão sendo realizadas pela equipe de vigilância da secretaria. "Não tínhamos eminência dos casos na região Sul, por isso nossos técnicos estão em estudo para barrar a doença no município de Uruçuí. Convivemos com a malária e temos uma área de controle nas cidades de Luzilândia, Barras, Esperantina e Buriti dos Lopes devido ao intenso fluxo de pessoas que migram para o Maranhão", argumentou Amélia Costa. "Não há motivos para a população se preocupar ainda não constatou nenhuma evidência do mosquito infectado dentro do nosso estado", completou Amélia Costa.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectado por Plasmodium. No período de 2006 a 2008 os números de casos registrados no Brasil alcançaram 314 mil, segundo o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o órgão, mais de 80% dos registros contabilizados foram oriundas da área da Amazônia Legal, mesma situação de Uruçuí.

A doença requer atenção devido à evolução do quadro do paciente. As pessoas infectadas são caracterizadas por apresentarem febre alta, acompanhada de calafrios e dor de cabeça. Em alguns pacientes, aparecem outros sintomas como, náuseas, vômitos, fadiga e anorexia.

Amélia Costa esclarece que medidas de prevenção podem ser executadas para evitar a doença, entre elas o uso de repelentes e mosquiteiros. "É importante ressaltar que a doença não passa de uma pessoa para outras. Para os pescadores da zona rural, é necessário usar roupas longas que protejam os braços e as pernas, pois o mosquito atua nos períodos do final da tarde até o amanhecer", explica a coordenadora acrescentando os municípios circunvizinhos da área em que os casos foram registrados estão sendo monitorados pela Sesapi.

Portal O Dia

Imagem: Web

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