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Policiais apresentarão proposta salarial de R$ 2.500 para o Governo

09/07/2011 |
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Policiais apresentarão proposta  salarial de R$ 2.500 para o Governo

Cerca de 300 policiais militares e bombeiros estiveram reunidos na tarde de ontem, dia 8, e definiram que apresentarão na próxima semana ao Governo do Estado a proposta de aumento salarial. A categoria pretende elevar os atuais R$ 1.400 para R$ 2.527, sendo isonomia salarial referente aos policiais civis.

O movimento dos militares ocorreu no Clube dos Cabos e Soldados em Teresina e faz parte de uma série de mobilizações da categoria no Estado que denominou a assembléia de "Ato Pela Dignidade e Segurança Pública". De acordo com o presidente da Associação dos Policiais Militares do Estado do Piauí (Amepi), capitão Evandro Rodrigues, o movimento salarial não possui relação com a PEC 300, Projeto de Emenda Constitucional que cria um piso nacional para os policiais.

"Queremos fazer uma campanha estadual para a nossa valorização", defende, acrescentando que atualmente um agente civil recebe em média R$ 2.500, valor duas vezes maior ao rendimento de um militar, em torno dos R$ 1.400. "Queremos chamar atenção da sociedade e abrir um canal de negociação com o governo de modo que esta disparidade salarial seja resolvida", pontuou o presidente.

Já o presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Piauí (Abmepi), sub-tenente Flaubert Rocha, lembrou que a situação dos bombeiros é delicada. "Não queremos gratificações em nossos salários. O que reivindicamos é a isonomia salarial e os subsídios como forma de pagamento", destacou.

Além da defasagem salarial, o número de efetivo é abaixo do necessário. São apenas 350 militares, quando a Lei Federal nº 12.086, de 6 de novembro de 2009, estipula uma tropa de 1.400, proporcional à população. Jarbas Cavalcante, presidente da Associação de Cabos e Soldados, relata que faltam condições mínimas de trabalhos para os militares. Ele afirma que falta, inclusive, coletes a prova de balas. "Faltam até coletes à prova de balas e as condições são as piores possíveis. O triste episódio aconteceu com a morte do Sargento Rodrigues (baleado após tiroteio com assaltantes). Por estar sem colete balístico, o militar ficou sem a devida proteção", denuncia.

E completa: "Tem viaturas que não possuem o carro cela, não têm placas, documentação. Quando estivermos nessa situação, não aceitaremos trabalhar. É uma manifestação justa e legal". O movimento pretende abrir um canal de negociação junto ao Governo do Estado.

Jornal O DIA

Imagem: Portal O Dia

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