Para combater a fome em regiões carentes, a Embrapa está pesquisando o cultivo de produtos básicos com maior valor nutritivo. Entre os produtos estudados estão o arroz, o feijão, a abóbora, a batata-doce e o milho é o projeto de Biofortificação Brasileiro. Desde ontem (10), os pesquisadores deste projeto estão reunidos em Teresina para discutir novas formas de enfrentar a desnutrição.
Pequenos agricultores já estão utilizando sementes para plantar alimentos geneticamente modificados para conterem maior quantidade de zinco, vitamina A e ferro. A pesquisadora da Embrapa, Marília Lutti, está no Piauí para apresentar a tecnologia da biofortificação e seus resultados.
Em entrevista, a pesquisadora explicou que as modificações genéticas são para suprir as deficiências constatadas na população brasileira, principalmente em relação ao ferro, que causa anemia em grande parte da população.
O melhoramento genético já foi testado em alimentos como mandioca, feijão, arroz e batata doce. Marília Lutti afirma que, há cerca de 2 anos produtores da cidade de Coroatá (MA) já plantam batata doce, feijão e mandioca.
"O ferro é encontrado nos alimentos nas carnes e alimentos animais. Nós já conseguimos dobrar o ferro no feijão. Com o melhoramento genético dos alimentos com vitamina A, que contém o betacaroteno, que dá a cor amarela, podemos diminuir a incidência de doenças oculares, por exemplo. A batata doce está cor de abóbora, a mandioca fica mais amarelada. Conseguimos ter arroz com maior quantidade de zinco", explica.
A Embrapa montou uma vitrine para apresentar os alimentos modificados e seus benefícios.
Leilane Nunes
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