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Paes Landim dá sugestões para acabar com a máfia dos concursos no PI

16/07/2011 |
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Do Portal AZ

Quem assistiu a um dos discursos do deputado federal Paes Landim (PTB) esta semana, na tribuna da Câmara Federal, se assustou ao ver o parlamentar culpando o Ministério Público pela não convocação de muitos concursados aprovados nos últimos certames para ocupar cargos nas prefeituras do Estado do Piauí.

“Acho até que o Ministério Público do Trabalho às vezes gera desemprego, quando a sua função é promover o emprego. Evidentemente, a maioridade pública exige que haja concurso público, e isso deveria ser exigência do Ministério Público local, que é omisso”, critica. 





Em meio a sua fala, inteligível em alguns pontos, o petebista chegou a passar a idéia de que não estava a par das aberrações ocorridas em concursos públicos para seleções em prefeituras do Piauí, envolvendo os chefes do Executivo municipal e seus protegidos - autores de atos e desmandos -, levando uma seleção pública que devia zelar pela Legalidade, Impessoalidade e Moralidade a culminar no conhecido ‘cabide de emprego’ oficializado.

Para o parlamentar várias autoridades, incluindo, as envolvidas no esquema – tem conhecimento de que prefeitos no Estado, mesmo diante de todo esse processo aparentemente legal, indicam um número significativo de pessoas que devem ser aprovadas e daí então passam a integrar os quadros funcionais do Executivo municipal.

Há pelo menos uma banca organizadora de concurso no Estado que permite que tal façanha seja realizada. Os próprios prefeitos chegam a dar com a língua nos dentes, talvez certos da impunidade. As fraudes são tamanhas que este tipo de atividade criminal entra no rol daquelas em que é necessária uma ampla operação policial, com direito a grampo e sigilo.

A máfia das Letras

Porém, por mais que Paes Landim tenha direcionado suas críticas ao Ministério Público - um ato questionável -, o deputado não deixou de ressaltar a necessidade de afastar essas bancas retrógradas do ponto de vista do zelo pelos princípios da administração pública, que por quantia negociada deixa os seus contratantes indicar quem deve ou não ingressar no serviço público.

O parlamentar pregou a necessidade de uma instituição imparcial para realização destes concursos, sugestão que recaiu sobre a UFPI. “A própria Universidade Federal do Piauí poderia, por meio de convênio com a associação de Prefeitos, enfim, se incumbir desses concursos. O certo é que não pode o Município ficar sem os seus serviços”, concluiu, em um dos poucos pontos de sua fala em que direcionou para as medidas certas a serem tomadas para impedir essa máfia que se perpetua no Estado.

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