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Agricultores formaram uma brigada contra incêndio em Valença do PI

Com a falta de água e o clima seco o risco de incêndio na lavoura aumenta. 18 trabalhadores receberam um treinamento específico para atuar.

11/08/2014 | Edivan Araujo
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Agricultores na cidade de Valença do Piauí, a 210 km ao sul de Teresina, criaram um trabalho pioneiro e ainda desconhecido no estado: é a brigada contra incêndio. Ela é formada pelos próprios trabalhadores.
Um desses trabalhadores é João da Cruz de Sousa, que sobrevive da extração de madeira no Povoado Serra dos Batistas.
Só no povoado Serra dos Batistas, que fica na zona rural de Valença, as perdas no campo chegaram a 80 por cento. Sem chuvas regulares desde o inicio do ano, 180 famílias sobrevivem da água distribuída pelo único carro pipa que atua no município. O sindicato que representa os trabalhadores rurais diz que a estiagem esta fazendo muita gente abandonar o campo.
Com a falta de água no campo e o clima seco o risco de incêndio na lavoura aumenta. Com isso, 18 trabalhadores receberam um treinamento específico e se tornaram a primeira brigada voluntária do Brasil a combater incêndio em assentamento.

A equipe não recebe nada para fazer os serviços. Miguel Fernandes, brigadista, contou que eles apenas aperfeiçoaram com o treinamento, o que já faziam há anos para evitar a devastação provocada pelo fogo.

“No campo são é constante o homem colocar fogo para limpar o terreno, com o clima seco o risco aumenta. Dessa forma fomos obrigados a aprimorar o conhecimento para evitar um desastre”, falou.

Por lei, 20% da área explorada devem ser destinadas a preservação da mata. Nas quatro comunidades onde atuam, os brigadistas conseguiram quase dobrar o tamanho da reserva. Um alívio para quem passou toda a vida vendo o fogo consumir uma paisagem afetada pela estiagem.

Fonte: G1 Piauí

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