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De janeiro a junho, foram criadas 5.770 vagas, contra 15.875 em 2010.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (19) pelo Ministério do Trabalho revelam que foram criadas entre janeiro e junho deste ano 5.770 vagas no mercado piauiense. O número é 70% menor do que o mesmo período de 2010, quando surgiram 15.875 novos empregosno Estado.

Os dados foram revelados após o Caged tabular os dados do mês de junho, quando foram criados 1.702 novos empregos, alta de 0,69% em relação ao mês de maio. Os setores que mais contribuíram para o crescimento foi a indústria de transformação, particularmente o município de União (56 Km de Teresina), que, sozinho, gerou 1.077 postos de trabalho no mês passado, quase metade de todas as vagas criadas no Piauí.  Um crescimento de 3,79% em relação a maio.

Além de indústria da transformação, apenas o setor de agropecuária (alta, de 2,09%) e serviços (0,70%) tiveram alta. Os demais demitiram mais empregados do que contrataram, como comércio (-0,22%), serviços industriais (-0,02%),administração pública (-0,02%) e construção civil (-0,10%).

A construção civil, aliás, é apontada como um dos vilões, ao contrário do ano passado, quando o setor gerou 7.230 empregos formais de janeiro a dezembro, perdendo apenas para o comércio, que criou 8.148 novas vagas. Este ano, até junho, o setor já demitiu quase 2 mil operários. Em 2010, no mesmo período, a construção civil gerou 6, 3 mil vagas.

Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Piauí (Sinduscon), as empreiteiras tiveram que dispensar os operários desde o início do ano devido ao grande número de obras paradas do Governo do Estado este ano e ainda como conseqüência de algumas paralisações decorrentes de 2010.

"No entanto, como o Governo já está retomando algumas construções, como a Ponte do Mocambinho, várias estradas, o setor deve reaquecer. Além disso, a Prefeitura de Teresina anunciou a Lagoas do Norte e a construção do viaduto na zona sul. Nós não estamos preocupados. Pelo contrário, estamos otimistas e acreditamos em crescimento no segundo semestre", disse o presidente do Sinduscon, Raimundo Nonato Ibiapina.

Portal O Dia