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Aumento de miseráveis no Brasil e no Piauí intriga especialistas e políticos

Estudo divulgado na semana passada revelou que número de miseráveis no Brasil - e no Piauí - cresceu, sem nenhum motivo aparente.

10/11/2014 | Edivan Araujo
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Na semana passada, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) divulgou um estudo revelando que, após vários anos em queda, o número de miseráveis – pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza - no Piauí e no Brasil cresceu entre 2012 e 2013. Foram 18 mil pessoas a mais no Piauí, totalizando 290 mil miseráveis, e 371 mil a mais no Brasil, chegando a 10,4 milhões em todo o País.

Os dados surpreenderam especialistas, o Governo Federal e até mesmo a oposição, já que as políticas sociais de inclusão de renda vinham funcionando muito bem nos últimos anos. Os programas sociais do Brasil, somados ao crescimento econômico, tiraram, nos últimos 20 anos, milhões de pessoas da extrema pobreza. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto em 1990 17% dos brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza, em 2010 o número havia caído para 6,1%. A ONU, inclusive, elogiou o Brasil por conseguir reduzir a pobreza através dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

O aumento repentino do número de miseráveis causou espanto em especialistas porque não houve nenhum fator que justificasse isso. Apesar da economia estar crescendo muito pouco (o PIB deve subir pouco mais que 1% em 2014), não houve aumento do desemprego nem suspensão de repasses financeiros às famílias.

O Ipea considera a linha de extrema pobreza a partir da estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa, com base em recomendações da Organização das Nações Unidas parcção é pela renda. Quem ganha até R$ 81,00 ou possui renda familiar de até R$ 324,00 é considerado extremamente pobre.

Para ajudar a entender o assunto, O DIA ouviu economistas e políticos para discutir o polêmico tema.

Fonte:  Jornal O Dia

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