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146 profissionais brasileiros desistiram de atuar no Mais Médicos

Entre os estrangeiros, apenas 35 contratados se desligaram do programa criado em 2013

29/12/2014 | Edivan Araujo
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Até o final deste ano, 146 médicos brasileiros formados no País desistiram de atuar no Programa Mais Médicos. O número representa 8% dos profissionais com essa formação e nacionalidade contratados pelo Governo Federal por meio de editais públicos. Ao todo, 193 médicos — 1,33% do total vinculado ao programa, 14.462 profissionais — abandonaram o trabalho.

O número de formados no Brasil que deixaram o programa pode ser considerado alto frente à desistência de apenas 12 médicos com diplomas emitidos no exterior e de 35 profissionais estrangeiros que participam da iniciativa por meio de cooperação com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) — cubanos entre eles.

Os dados são do Ministério da Saúde, que considerou registros de 2013, ano de criação do programa, e 2014. O órgão não explicou os motivos das desistências predominantes entre os brasileiros, mas ressaltou estarem sendo feitos esforços para aumentar o número de médicos formados no País.

A assessoria de imprensa do ministério informou que foram autorizadas, em todo o Brasil, “4.393 novas vagas de graduação, sendo 1.426 vagas em universidades públicas e 2.967 vagas em universidades privadas”.

— Além disso, 39 novos cursos de medicina foram autorizados pelo Ministério da Educação, e serão abertos fora do eixo das capitais, em cidades que não contam com graduação na área, mas possuem estrutura adequada. A residência médica também recebeu significativo reforço este ano — 2.579 novas vagas já foram autorizadas.

Ainda de acordo com o órgão, até 2018, serão criadas 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e mais 12,4 mil de residência médica com foco na valorização da atenção básica e em outras áreas prioritárias para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Programa

O Programa Mais Médicos foi criado em julho de 2013 pelo governo federal com a intenção de melhorar o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde) com foco na atenção básica de atendimento médico.

Até o momento, o programa levou 14.462 profissionais para 3.785 municípios e todos os 34 distritos indígenas do País, expandindo o atendimento a 50 milhões de pessoas.

Pesquisa realizada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Ibespe (pelo Instituto Brasileiro de Estudos Sociais Política e Estatística), a pedido do Ministério da Saúde, mostra a avaliação que os usuários estão fazendo do programa: 86% dos entrevistados dizem que a qualidade da assistência melhorou após a chegada dos profissionais do Mais Médicos.


Fonte: Com informações do R7

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