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Caixas-pretas revelam que turbinas de avião de Taiwan falharam

O voo GE235 levava 58 passageiros e tripulantes quando o avião adernou entre prédios, bateu com uma das asas em um viaduto e então caiu de cabeça para baixo em um rio de águas rasas, na quarta-feira.

07/02/2015 | Edivan Araujo
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As turbinas do avião da TransAsia que caiu em um rio de Taipé matando 34 pessoas não conseguiram gerar força suficiente para as hélices durante dois minutos após a decolagem, disseram autoridades nesta quinta-feira (5), revelando tentativas do piloto de desligar e reiniciar uma turbina.
O voo GE235 levava 58 passageiros e tripulantes quando o avião adernou entre prédios, bateu com uma das asas em um viaduto e então caiu de cabeça para baixo em um rio de águas rasas, na quarta-feira. Quinze pessoas sobreviveram.

Os dados das caixas-pretas de dados e voz do avião bimotor mostraram que problemas com o motor direito foram seguidos por problemas no esquerdo, e que o avião emitiu cinco alertas antes de cair no centro de Taipé, disseram a jornalistas funcionários do Conselho de Segurança na Aviação.

O motor da direita primeiro entrou em um estado chamado de "auto-feather", no qual reduz sua potência para a hélice, de acordo com o diretor-gerente do conselho, Thomas Wang.
A tripulação então reduziu a aceleração no motor esquerdo e tentou reiniciá-lo, mas não conseguiu a força necessária. Ele não deu um motivo para a falha.

Teste de qualificação
A TransAsia indicou nesta sexta-feira (6) que seus 71 pilotos de aviões ATR deverão passar por um teste de qualificação, e que a companhia se submeterá a uma inspeção após seu segundo acidente recente. Há sete meses, outro ATR caiu na ilha ocidental de Penghu e 48 pessoas morreram.

Em um comunicado, a companhia aérea indicou que "71 pilotos de sua frota de aviões ATR terão que passar por um teste da Administração Aeronáutica Civil e uma prova profissional para assegurar que todos estão qualificados para seu trabalho".

Os acidentes provocaram preocupação quanto à gestão e o treinamento realizados pela companhia. A TransAsia também se submeterá durante um ano a uma inspeção por "uma creditada autoridade internacional".

Fonte: G1

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