O prefeito Kristof Pajer buscava uma forma de salvar sua pequena comunidade na Hungria da extinção. A solução? Ele colocou a cidade inteira para aluguel. Depois que sua campanha se tornou viral, as reservas se multiplicaram, vindas do mundo todo.
Por 210 mil florins (o equivalente a R$ 2,3 mil) por dia, visitantes podem ter acesso a sete casas de hóspedes onde dormem até 39 pessoas, um ponto de ônibus, cavalos, frangos e 4 hectares de terras em um sítio.
Os hóspedes ganham o título temporário de prefeitos substitutos e têm o direito de supervisionar a manutenção da lei e da ordem e de renomear as quatro ruas da vila durante sua estadia.
Desde que um anúncio sobre o aluguel da vila em um site húngaro ganhou atenção internacional no último mês, centenas de reservas foram feitas, por pessoas de lugares tão distantes quanto Austrália, África do Sul, Suécia e EUA.
A cidade recebeu ainda cerca de 70 milhões de florins (em torno de R$ 780 mil) da União Europeia para reformar as casas em seu estilo camponês original e construir um centro comunitário.
18 habitantes
Uma década atrás, a vila Megyer, localizada a 190 quilômetros de Budapeste, na Hungria, estava quase arruinada. A população foi reduzida a apenas 18 pessoas depois da queda do comunismo e as fazendas coletivas, que eram a fonte de emprego na área, desapareceram, levando muitos moradores a se mudarem de lá.
Depois de se apaixonarem pela paz e tranquilidade da cidade em uma visita em 2005, Pajes e alguns amigos compraram propriedades na vila e as transformaram em casas para hóspedes. Mas os negócios estavam devagar e eles não conseguiam lucro, conta Pajes, que é prefeito da cidade desde 2006. "Então tivemos a ideia de criar um pacote unificado para turistas", diz.
Pajes, que é engenheiro e se divide entre Budapeste e Megyer, além de tocar em duas bandas de rock, organiza um festival de música na pequena cidade desde 2011. Ele também está transformando uma casa vaga no museu da cidade.
Fonte: G1