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Febre, dores de cabeça e musculares. Esses são os principais sintomas que vêm acometendo boa parte da população teresinense desde o início do período chuvoso. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), 1.033 casos suspeitos de dengue já foram notificados em 2015 na capital piauiense. Em algumas unidades de saúde, a procura por atendimento aumentou cerca de 200%.
Segundo a diretora do Hospital do Promorar, Sandra Marina Gonçalves Bezerra, a quantidade de casos notificados de dengue na unidade de saúde começou a crescer rapidamente no mês de fevereiro. “Em janeiro, tínhamos apenas dois casos por semana de dengue no hospital. Mas esse número começou a disparar no mês de fevereiro e no mês de abril. Em um só dia, chegamos a receber 22 casos da doença”, conta. A diretora relata que até mesmo profissionais e acadêmicos, que dão plantão no hospital, foram afastados por conta da doença.
O médico Osiel Carlos Barbosa Lima trabalha há sete anos na unidade de saúde do bairro Promorar e reforça que nunca viu um surto tão grande da doença. “Nunca vi uma epidemia como essa aqui em Teresina. Acredito que tenha aumentado pelo menos 200% em relação a janeiro deste ano”, afirma.
O clínico geral alerta para a prevenção da doença através dos cuidados nas residências. “É preciso se prevenir contra a doença, evitando o acú- mulo de água da chuva em casa. A população precisa tomar vários cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. Quem estiver com febre alta e dor no corpo deve procurar o posto de saúde mais próximo de casa para ser avaliado, através de um hemograma, para detectar casos mais graves, como a dengue hemorrágica”, disse.
O autônomo Luís Carlos Augusto levou os dois filhos, de seis e dois anos, ao Hospital do Promorar após eles começarem a apresentar dores de cabeça e no corpo. Os médicos não confirmaram se se trata de mais um caso de dengue, mas ele suspeita que sim. “Ou é dengue ou é virose. Lá em casa todo mundo está com os mesmo sintomas. Fomos à unidade de saúde do bairro Parque Piauí, mas estava lotado de pacientes com os mesmos sintomas. Então viemos para o Hospital do Promorar”, afirma.
Fonte: Jornal O Dia
