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No início de maio os consumidores tiveram uma surpresa com a queda do preço do etanol em 17 estados. O anúncio foi feito pela Agência Nacional de Petróleo e agradou muitos motoristas, que estão aproveitando essa baixa para encher os tanques.
O autônomo Wanderson Silva, contou que está consumindo mais etanol, agora que o combustível teve uma redução. “Eu achei muito bom que baixou o preço, mesmo que de alguns centavos, porque de pouquinho em pouquinho a gente consegue ter uma economia no final do mês”, disse. Ele ainda acrescentou que a queda no preço veio em boa hora, principalmente após o aumento da gasolina no começo deste anos.
Em alguns postos, o combustível chegou a ter uma redução de até 30%, e segundo o gerente de um posto de combustível, Edmar Pereira, isso fez com que a clientela aumentasse. Porém, ele destacou que a economia não chega a ser tanta, como os clientes costumam pensar. Ele exemplificou: Se o consumidor abastecer R$10 de gasolina (custa R$3,12 o litro), ele terá 3,2 litros de combustível. Já se o cliente comprar o mesmo valor, mas de etanol (que custa R$2,59) ele abastecerá 3,8 litros.
Apesar de parecer mais econômico, o gerente alertou que “aqui em Teresina não compensa muito, porque como o clima é muito quente, o álcool evapora mais rápido, Se o carro for flex compensa abastecer dividido, metade gasolina e metade etanol, mas se colocar só etanol, ele acaba mais rápido”, disse.
Ele explicou que alguns motoristas não se atentam a este detalhe e optam sempre pelo etanol, e posteriormente se queixam que o combustível acabou antes do previsto. “As pessoas têm que entender que a gasolina já vem com 27% de etanol misturado, então não precisam abastecer mais com álcool do que com gasolina. Elas precisam equilibrar e assim conseguir economizar de verdade e fazer o carro render mais”, falou.
É o que diz o economista Nonato Paz. Para ele, mesmo com a redução, não compensa para o consumidor abastecer o tanque apenas com etanol. “A diferença em centavos é pequena e o custo benefício também, ainda mais aqui em Teresina, em que os veículos andam basicamente nas marchar 1 e 2, que são de força”, explicou.
Nonato Paz relatou ainda que, com um litro de gasolina é possível percorrer até 6km, e com um litro de etanol, essa quilometragem cai para 4km. “No final das contas, talvez o consumidor esteja pagando até mais, porque ele vai precisar abastecer mais vezes, já que o etanol queima mais rapidamente”, finalizou o economista.
Fonte: Jornal O Dia
