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Cajuína recebe títulos de Indicação Geográfica e de Patrimônio Cultural

A proposta foi apresentada pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi) e visava registrar o modo de fazer tradicional da cajuína.

02/06/2015 | Edivan Araujo
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A cajuína, um dos produtos que mais representa o Piauí recebeu ontem (1º) dois títulos muito importantes e esperados pelos piauienses, mas, sobretudo, pelos produtores da bebida feita à base de caju. O primeiro foi a entrega do título de Indicação Geográfica (IG), da cajuína, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) para a União das Associações, Cooperativas e Produtores de Cajuína do Piauí (Procajuína). Esta será responsável por administrar e fiscalizar o uso do selo. 

O presidente da Procajuína, José de Ribamar Costa, destacou a satisfação em receber o título e a importância desse reconhecimento para o produto, produtores e consumidores. “Essa é uma luta dos produtores de cajuína para ter essa certificação, que é semelhante às grandes marcas de champanhes e vinhos brasileiros. O produto vai agregar valor e o produtor vai poder vendê-lo por um preço melhor e ter mais ganho na sua produção”, disse. 

Além disso, ele destacou que a cajuína ganhará reconhecimento País a fora, e garantindo ao consumidor a certeza de um produto de origem e qualidade assegurada. Para ele, a identificação geográfica é uma forma de reconhecer um produto feito em um determinado local. “A identificação geográfica serve exatamente para resgatar essa qualidade e registrar esse produto que, às vezes, não tem tido devido valor e mostrar também que o Piauí produz uma coisa boa”, finalizou. 

A cajuína também recebeu o título de Patrimônio Cultural, reconhecimento do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Piauí). A proposta foi apresentada pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi) e visava registrar o modo de fazer tradicional da cajuína. O título foi entregue pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae-PI). 

O presidente da Cajuespi, Lenildo de Lima, destacou que, desde 2008, a cooperativa tenta reconhecer o modo tradicional de se fazer cajuína e que apenas em 2014 a proposta foi atendida. “Junto com o certificado e o selo de referência queremos fortalecer ainda mais a agricultura, principalmente a produção da cajuína. Tendo esse selo de qualidade vai valorizar ainda mais nosso produto quando ele for para fora do País, e poderemos passar para a sociedade um produto com uma classificação melhor”, finalizou. 

Mário Lacerda, diretor superintendente do Sebrae-PI, ressaltou que os títulos entregues à cajuína só tendem a agregar valor ao produto, organização dos produtores e confiança dos consumidores, ao adquirirem uma bebida de procedência e origem.


Jornal O Dia

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