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Vítima de abusos em Castelo diz no JN que quer agora 'passar no Enem'

Menina que sobreviveu ao crime bárbaro ocorrido em maio conta como está hoje

11/07/2015 | Edivan Araujo
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O Jornal Nacional repercutiu a entrevista concedida à TV Clube, por uma das meninas vítimas do crime ocorrido dia 27 de maio em Castelo do Piauí. Ainda debilitada, a adolescente diz que “está bem” e revelou o desejo de fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para cursar Veterinária.

Com um terço no braço e com marcas da violência ainda evidentes na pele, a menina traz na voz a Inocência e o medo, depois de tudo que aconteceu. Mas confiante, ela mostra que pensa no futuro.

“Meus planos é fazer faculdade, e quem sabe passar no Enem, porque próximo ano eu vou estudar muito, muito para fazer o Enem, e quem sabe passar? E aí, faculdade e me formar em Veterinária ”, diz ela.

Ela fecha sua fala à reportagem mostrando que está feliz, pelo simples fato de ainda estar viva. “Tô viva e bem, graças a Deus”, diz.

O caso voltou hoje aos noticiários depois da sentença proferida contra os quatro adolescentes acusados pelos abusos contra as jovens de Castelo do Piauí. Eles foram condenados à pena máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e terão de cumprir medidas socioeducativas internados por 3 anos no Centro Educacional Masculino por participação ativa nos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, estupro e associação criminosa.
O prazo de internação provisória, que é de no máximo 45 dias, encerraria neste sábado, data em que o juiz Leonardo Brasileiro teria como limite para aplicação da sentença.

O crime que levou à sentença dos menores infratores, que tem idade entre 15 e 17 anos, aconteceu no dia 27 de maio no alto do Morro do Garrote, em Castelo do Piauí. Quatro garotas, que saíram de casa para fazer fotos no local que é conhecido pela bela vista do por do sol, foram abordadas pelos menores, que estavam na companhia de Adão de Sousa - único maior de idade do grupo - e vítimas de agressões físicas e violência sexual.
As meninas foram empurradas do alto do morro e nuas, foram deixadas à sorte, com ferimentos graves pelo corpo. No intuito, de como eles mesmos denominaram, de “terminar o serviço”, parte dos adolescentes começaram a apedrejar as meninas.

Todas foram encontradas por populares, já à beira da morte. Socorridas, foram trazidas para o Hospital de Urgência de Teresina, onde permaneceriam dias internadas. Uma delas, Danielly Rodrigues, de 17 anos, não resistiu e morreu ainda no hospital. As demais já tiveram alta e depuseram em juízo contra os garotos.

Fonte:180graus

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