O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí denunciam que muitos presos conseguiram fugir, mesmo utilizando as tornozeleiras eletrônicas. De acordo com a entidade, dos 184 presos que receberam o equipamento este ano quase a metade está foragida.
O Sindicato também denuncia falhas no sistema de monitoramento. O local funciona em uma sala dentro do prédio da Secretaria de Justiça. "A primeira falha é a ausência de servidores. Esse trabalho de monitoramento deveria ser realizado por funcionários efetivos da Sejus.
Em segundo, o aparelhamento no sentido de recapturar fugitivos é falho, pois temos um percentual de 35% presos foragidos, ou seja, 54 presos infringiram a regra. O sistema era para ser seguro porque temos fotos e endereços dos detentos que recebem a tornozeleira", afirmou Kleiton Holanda, vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários.
Para Kleiton, o preso que sair da zona de monitoramento deveria ser recambiado para um presídio de regime fechado mediante determinação de um juiz.
A secretaria de justiça desmente todos os problemas e garante quem nenhum preso está foragido. O programa acontece em Teresina e Parnaíba. Agora, o estado quer inserir o programa nas cidades de Picos e Floriano.
"O monitoramento é feito diariamente, por isso digo que esta informação não é oficial. Nossa sala funciona de forma adequada e em breve será ampliada”, declarou o secretário de justiça, Daniel Oliveira.
Para o especialista em segurança, Benedito de Araújo, as tornozeleiras eletrônicas podem ser boas aliadas no combate à violência, mas somente se o estado oferecer estrutura suficiente para colocar em prática o sistema.
"Se uma medida do sistema não funciona, toda a estrutura será comprometida, pois se muitos destes detentos que estão com a tornozeleira fogem do sistema, eles retornam para a sociedade cometendo novos crimes e isso não é bom”, disse.
Fonte: G1 Piauí