O assassino Clewilson Vieira Matias, o “Chiê”, de 35 anos, preso acusado de matar cinco pessoas, em São Miguel do Tapúio, a 227 km ao Norte de Teresina, tinha consciência do que estava fazendo e não teve um surto psicótico na época do crime. As constatações estão no laudo da junta médica pericial, que verificou a sanidade mental de Chiê.
O documento, assinado por dois psiquiatras forenses, atesta que o acusado fazia uso nocivo de crack, mas que isso não comprometeu seu discernimento.
Quanto à capacidade de imputação, à época dos fatos delitivos, o analisado não apresentava prejuízos da sua capacidade de entendimento e determinação, diz o texto no VI quesito: considerações psiquiátrico-forense e conclusões.
O documento relata sobre como se apresentou Chiê para o exame médico, estando bem-vestido, com fala normal e encarando a realidade de forma empírica (interpretação pela experiência vivida).
“Apresentou-se vestido adequadamente, consciência vígil, higienizado, orientado globalmente, discurso coerente apresentando com voz clara e bom fluxo de palavras, pensamento de curso normal, abstração presente, humor estável, afetos congruentes, memórias preservadas, sem alterações sensoperpectivas, inteligência mediana avaliada empiricamente e juízo crítico da realidade sem comprometimento”, afirma trecho do documento.
O resultado do laudo já foi encaminhado para a comarca de São Miguel do Tapuio, onde ele é acusado de, no dia 31 de outubro do ano passado, ter matado sua própria esposa, e mais quatro pessoas no povoado de Palmeira de Cima, em São Miguel do Tapuio. Após o crime, ele fugiu de moto e a polícia montou um cerco para tentar capturá-lo.
O acusado foi preso uma semana após a chacina. Ele foi localizado em uma casa na própria cidade, e no momento da prisão chegou a resistir, rendendo duas pessoas que residiam no local em que estava escondido.
Fonte:Meio Norte