Os acusados da morte do engenheiro José Ferreira Castelo Branco Filho, o Castelinho, crime ocorrido em 1999 vão a júri ainda este mês. A informação é do juiz Francisco de Jesus Noleto presidente do Tribunal Popular do Júri de Teresina. De acordo com a informação passada pelo magistrado, sentarão no banco dos réus quatro pessoas. A viúva, professora aposentada, Ana Zélia Correia Lima e o ex-coronel PM José Viriato Correia Lima como mandantes e autores intelectuais e ainda, o soldado PM Francisco Moreira do Nascimento e José Enilson Couras, o Courinha como executores. A denuncia é do Promotor (já aposentado) Eliardo Cabral.
O PRIMEIRO
O primeiro a ser julgado será Francisco Moreira do Nascimento, o Moreira. Foi ele, na versão do Promotor Eliardo, quem apertou o gatilho e matou o engenheiro. O julgamento de Moreira está marcado para o dia 31 deste mês a partir das 13 horas na sala do Júri no Fórum de Teresina.
OS OUTROS
De acordo com o juiz, ainda este ano, todos serão julgados. “A meta é esvaziar essa pauta. A cada mês será julgado um deles”, disse Noleto. José Enilson Couras, o Courinha teria participado dando apoio e cobertura ao matador.
O CRIME
O engenheiro José Ferreira Castelo Branco Filho, Castelinho, trabalhava na antiga Telepisa. Ele saiu de casa a s 5h30 da manhã do dia 8 de junho de 1999 para sua caminhada matinal no bairro Horto florestal onde residia. 30 minutos depois, foi barrado por um homem que simulou um assalto para roubar o seu tênis, quando o engenheiro se abaixou para tirar o tênis recebeu um único tiro na nuca vindo a falecer no local.
COMOÇÃO
A morte de Castelinho obteve ampla repercussão e causou comoção na cidade. Ele era muito conhecido e querido por todos, amigos e colegas de Trabalho. Além de engenheiro da Telepsia, era também Professor da Escola Técnica Federal do Piauí, hoje IFPI, cujo pai, professor Castelo era o Diretor.
A DEMORA
Indagado porque demorou tanto o julgamento, o juiz explicou que, isso se deu, face aos sucessivos recursos impetrados pelos advogados dos réus até mesmo no Superior Tribunal de Justiça. Todos foram improvidos e agora só resta julgar.
O MOTIVO
Relata o Promotor Eliardo Cabral na peça acusatória que, a viúva, professora Ana Zélia Correia Lima tinha ciúmes do marido e descobriu que ele mantinha uma relação extra conjugal e que por isso, dera início um processo de separação.
A TRAMA
Ao saber da briga do casal, o então coronel Correia Lima, tido na época como chefe do Crime Organizado no Piauí, descobriu que havia um seguro de morte feito por Castelinho no valor de e 300 mil reais e que, a beneficiária seria sua esposa. O promotor diz que Ana Zélia e Correia Lima são primos. Mas, a professora nega o parentesco e diz tratar-se, apenas de uma coincidência de nomes. Zélia também nega com veemência, qualquer participação no crime.
Fonte: 180 Graus