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Um levantamento do Corpo de Bombeiros aponta que, nos sete primeiros meses de 2015, foram registrados 89 incêndios em residências no estado. No ano passado foram registrados 241 incidentes semelhantes. A maioria provocada por curtos-circuitos.

O último incêndio aconteceu domingo (24), na casa da faxineira Maria dos Milagres, localizada na Vila Mocambinho, zona Norte de Teresina. Maria morava na residência com o filho e três netos. O incêndio começou no quarto do filho. Ela perdeu tudo no fogo e teve que se abrigar na casa de outro filho.

"Na hora de instalar um equipamento elétrico novo em casa, nem sempre se encontra uma tomada livre. A saída, na maioria das vezes, é dar um jeitinho com um adaptador de tomadas, conhecido como "T", ligando mais de um aparelho no mesmo lugar. É aí que mora o perigo, pois esse hábito simples pode levar a uma sobrecarga da tomada, com consequências como aquecimento e desgaste dos fios, choques elétricos, curtos-circuitos, queima de equipamentos, desperdício de energia e até incêndios" alertou o comandante operacional do Corpo de Bombeiros, tenente coronel Kleber Soares
Para o comandante, a solução para reduzir a sobrecarga na instalação elétrica é redistribuir os aparelhos pela casa ou instalar novas tomadas em locais previamente escolhidos conforme sua necessidade.

"Também é importante respeitar a capacidade da corrente elétrica de tomadas, adaptadores e extensões, para não conectar uma quantidade de aparelhos que exceda esse limite. Para uma tomada residencial comum, este limite costuma ser de 10 ou de 20 amperes", acrescentou.

Em Teresina, nos primeiros meses do ano na capital, 52 casas e 39 pontos comerciais já passaram por incêndios em suas instalações.

Os números, assim como a gravidade do problema, são alarmantes. No ano de 2014, Teresina registrou 305 incêndios entre pontos residenciais e comerciais. É cerca de um incêndio a cada um dia e meio. Nesse mesmo ano, 23 prédios públicos passaram por focos de incêndio e 17 GLPs, o conhecido gás de cozinha, entraram em combustão.
Enquanto neste ano, 39 pontos comerciais e três prédios públicos já passaram pelo problema. No começo deste mês, duas lojas localizadas no Centro de Teresina, uma sapataria e outra loja de tecidos, perderam parte boa parte do estoque por conta de incêndios. O indicativo para ambos os casos é que o incêndio pode ter sido ocasionado por curto-circuito.

PRÉDIOS COMERCIAIS
De acordo com levantamento do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI), cerca de 100 prédios da região central da capital correm risco de sofrerem incêndios provocados por curto-circuito.

Para o presidente do Conselho, Paulo Roberto Ferreira, a situação se complica devido à realização de reformas incompletas nos prédios. Ele acrescentou ainda que os proprietários se preocupam com as fachadas das lojas e se esquecem de cuidar do básico, como o sistema elétrico, e defendeu a criação de uma lei específica para a vistoria completa de prédios antigos na capital. Hoje, as inspeções são realizadas pelas equipes do Corpo de Bombeiros da capital.

Fonte:Com informações do Jornal Diário do Povo