Matéria / Geral

JN mostra o drama das famílias que sofrem com efeitos da seca no Piauí

Em Paulistana, são pelo menos 30 pessoas que precisam da mesma fonte pra sobreviver

10/09/2015 | Edivan Araujo
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A reportagem da TV Clube esteve na cidade de Paulistana registrando a realidade dos moradores daquela cidade que enfrentam o drama de uma seca que já dura quatro anos. A reportagem de Neyara Pinheiro foi exibida na edição desta quarta-feira (09/09) no Jornal Nacional. Coincidência ou não o município será um dos visitados pela presidente Dilma Rousseffna próxima sexta-feira (11/09), que cumprirá agenda no Piauí.

A cidade é mais uma das que decretou estado de emergência por conta da seca. A equipe de reportagem pegou a estrada rumo a comunidades sem energia elétrica, no meio do nada, onde moram famílias humildes, as que mais sofrem com os efeitos da estiagem.

A primeira parada foi na casa do Seu Teodoro e da Dona Raimunda. Todos os dias ela tem como principal tarefa conseguir água pra família.

Jornal Nacional: Eles falaram que era pertinho, mas eu acho que vai dar mais ou menos dois quilômetros de caminhada.
Raimunda Francisca Rodrigues, agricultora: Pra nós é perto, pra nós eu acho que é perto, quer dizer que a gente é acostumada a fazer todo dia.
Jornal Nacional: E quantas vezes a senhora vem pegar aqui?
Raimunda: Cinco!
No lugar onde ela pega água, uma situação difícil de acreditar: no leito do riacho que secou, os moradores cavaram buracos na tentativa de encontrar água, mas tudo o que acabam conseguindo é lama.

E não é só a família da Dona Raimunda que necessita dessa água. No município, são pelo menos 30 pessoas que precisam da mesma fonte pra sobreviver.

“A gente tem que remediar com o que tem”, disse Raimunda.
Seguindo viagem, não muito longe, a equipe encontrou o Vasco, a Cosmina e os dois filhos. Com ele, também saíram em busca de água. Agora num percurso bem mais longo do aquele da Dona Raimunda.

“Se não for forte e tiver coragem, não vive nesse lugar aqui”, afirmou Vasco de Jesus Rodrigues.

Vasco faz o percurso pelo menos três vezes ao dia. São quase duas horas caminhada. Para ter a água suja, eles fizeram um poço no leito de um riacho, que também secou. E ainda tem as abelhas, para dificultar um pouco mais.

“É importante pra nós e para os bichos. Se não tivesse ela não dava para viver”, ressaltou Vasco.

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Fonte:Com informações do G1

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