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Campanha de Dilma recebeu R$ 6 milhões do petrolão, diz deputado

Segundo Fernando Francischini, valor consta em proposta de delação premiada feita ao MP por Cerveró

19/09/2015 | Edivan Araujo
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O detento Francisco Egilson foi morto na manhã deste sábado (19/09) durante o banho de sol da Casa de Custódia, penitenciária localizada na zona Sul de Teresina.

Assassinado por outros internos o pavilhão E do presídio, ele foi ferido com perfurações de barras de ferro e não resistiu.

O detento havia sido transferido nesta semana da penitenciária de São Raimundo Nonato. Francisco havia pedido para ficar no pavilhão por medo de ser morto, temor que não impediu seu assassinato.

Acusado de homicídio, Francisco ficou com uma barra de ferro cravada ao pescoço. O corpo do detento foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal.O deputado Fernando Francischini (SD-PR) vai pedir na segunda-feira a convocação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para prestar depoimento na CPI da Petrobras. Preso desde janeiro, o ex-diretor tenta negociar  delação premiada com o Ministério Público Federal. Francischini diz que teve acesso à proposta de delação feita por Cerveró. Trata-se de uma espécie de "cardápio" com os tópicos que o candidato a delator se propõe a esclarecer caso feche o acordo com os procuradores da República.
Francischini diz que Cerveró, em um dos anexos da proposta, faz revelações sobre negociações das quais participou para liberar 6 milhões de reais para a campanha da presidente Dilma Rousseff. Segundo Francischini, o dinheiro "ilegal" teria abastecido a campanha de 2010.

A proposta de delação do ex-diretor da Petrobras, segundo o deputado, inclui ainda revelações sobre cinco "reuniões prévias" que Cerveró teria tido com Dilma Rousseff no período em que a Petrobras estava comprando a Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio deu um prejuízo bilionário para a Petrobras. Dilma afirma que votou a favor da compra da refinaria com base em parecer "falho", feito por Cerveró.

Ao se dispor a dar detalhes das reuniões prévias com Dilma, quando ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Cerveró irá sustentar que ela tinha total conhecimento dos detalhes do negócio envolvendo Padadena. Francischini vai pedir ao Ministério Público Federal a cópia de toda a proposta de delação de Cerveró. O parlamentar também quer pedir proteção da Polícia Federal para o ex-diretor da Petrobras.

"É importante que o procurador-Geral da República homologue o mais rápido possível a delação do Cerveró", diz Francischini. "Poderemos comprovar que a presidente Dilma mentiu no exercício do mandato".

Fonte:Com informações de Veja

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