Matéria / Polícia

Preso é morto com perfurações e sindicato alerta para briga de facções dentro do presídio

O crime aconteceu na cela 5 do pavilhão B, ocupado por 80 presos

30/11/2015 | Edivan Araujo
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O detento identificado como Juliano dos Santos Melo, de 25 anos, foi morto com várias perfurações durante o banho de sol na Penitenciária Luiz Gonzaga Rebelo em Esperantina, município a 174 km de Teresina. De acordo com o presidente do Sinpoljuspi, José Roberto Pereira, Juliano estava preso por tráfico de drogas mas já respondeu por outros crimes e a morte é resultado de uma briga entre facções dentro do presídio.

Segundo ele, “banho de sangue” foi evitado graças a ação rápida dos agentes, já que a muitos  presos confeccionaram armas dentro das celas.

“Os detentos de Campo Maior tem uma briga com os detentos de Esperantina. Eles se intitulam PCM (Primeiro Comando de Campo Maior) e PCE (Primeiro Comando de Esperantina). O PCM havia tentado matar um do PCE semana passada e o PCE se vingou matando o Juliano, que é de Piracuruca, mas aliado dos presos de Campo Maior. Eles usaram vergalhões retirados da estrutura do presídio e por pouco não houve um banho de sangue entre eles pois há muitos presos armados. Os agentes conseguiram trancar todos e agora eles devem permanecer assim para evitar uma tragédia”, alertou o presidente do sindicato.

O crime aconteceu na cela 5 do pavilhão B, ocupado por 80 presos. Atualmente a penitenciária tem 300 internos e segundo Kleyton Holanda, diretor do Sinpoljuspi, a situação caótica já foi alertada à Secretaria, que não tem como transferir os detentos, por conta da superlotação dos presídios do sistema.

“Já avisamos para a secretaria a situação caótica, mas não tem como transferir porque está tudo lotado. Aquele lugar é uma bomba relógio e isso é só o início de tragédias anunciadas. Já pedimos reforço pelo menos nas guaritas para agirmos com segurança, mas não tivemos nada. São apenas quatro agentes de plantão para conter todos os presos e por pouco eles conseguiram, mesmo sem nada, trancar todos”, declarou Kleyton.

Com os presos trancados, o clima de tensão aumenta e Kleyton reforça que o estado é de alerta. “A situação é de alerta geral em todas as unidades e é só o início do que pode acontecer”, concluiu.

Fonte: Cidade Verde

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