O juiz José Olindo Gil Barbosa, do juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, condenou a 15 anos de prisão dois pais acusados de estuprarem as filhas menores de idade. As vítimas são meninas de 8 anos e 10 anos. Em um dos casos, os relatos são tão estarrecedores que o advogado desistiu de defender o agressor.
“O que choca é que são pais biológicos que abusavam sexualmente das filhas. São relatos impressionantes. Um deles aproveitava que a mulher tomava remédio controlado, que fazia com que ela dormisse a noite toda, e ele se deslocava para o quarto da filha e a abusou dos 10 anos aos 15 anos”, relatou o juiz.
Foram condenados, o aposentado Wander Marques da Silva, de 59 anos, a 15 anos de prisão. A vítima relatou que o pai praticava sexo oral, anal e vaginal.
“Há provas em exames periciais, depoimentos de testemunhas, da mãe, da vítima e até dos irmãos”, afirmou o magistrado.
Outro condenado pelo juiz José Olindo é o auxiliar de pedreiro Estevão Lages, 57 anos, acusado de estuprar a filha de 8 anos. Segundo a decisão, o auxiliar de pedreiro separou da mulher e ficou com a guarda da filha menor de idade. A violência sexual foi testemunhada pelos outros dois irmãos adolescentes.Â
Após a audiência do caso do Estevão Lages, o advogado se afastou alegando “foro íntimo”. No entanto, o juiz lembrou que o advogado se chocou com o relato da vítima. O caso foi acompanhado pela Defensoria. O auxiliar de pedreiro também foi condenado a 15 anos de reclusão.Â
Lesão e ameaças
O juiz condenou também Jacob Viana Liberato por lesão e ameaças a dois anos e sete meses de detenção. Em novembro de 2015, houve uma discussão com a vítima Erica Monique de Sousa Miciane e foi confirmada a lesão corporal.
Josean Cardoso Rodrigues levou 4 anos e três meses de reclusão por crime de extorsão contra a mãe. Ele, segundo a decisão, ameaçou a mãe com um facão com o intuito de extorqui-la para comprar drogas.Â
Já Roberto Marcelo Leocádio dos Santos foi condenado a dois anos e quatro meses de detenção por agredir a ex-mulher Maria Neide Maia Caland. O juiz informou ao Cidadeverde.com que a briga foi por divisa de bens, aonde o ex esmurrou e chamou a mulher de “vagabunda” e “puta”. Â Na sentença, o juiz relatou que o agressor chegou a ameaça-la de morte.
“Cala a boca, porra, cala a boca se não te mato. Fala baixo para os vizinhos não ouvir. Se tu me denunciar eu te mato”, relata a mulher na sentença.
Fonte:Cidade Verde