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Piauí vai expandir internet para o interior e melhorar 4G

Em Teresina duas praças já receberam pontos de wifi livre, mais oito praças também irão receber, contemplando assim todas as regiões da capital.

22/02/2016 | Edivan Araujo
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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, confirmou que o Governo Federal, através de seu ministério e do Ministério das Comunicações, acolheu a proposta do Governo do Estado de implantar o backbone, esquema de ligações que através da fibra ótica que vai possibilitar a expansão da internet para os municípios do interior, formando uma rede de dados com tecnologia no Piauí. Além disso, a internet terá mais agilidade, com o sistema de 4G.

“O governador Wellington Dias apresentou o projeto de ampliação da cobertura da rede de fibra óptica do Estado. Quer o apoio do Governo Federal para isso. Essa foi uma demanda que o governador nos apresentou e também alguns projetos de pesquisa na área de babaçu. Ele quer incentivar a cultura do babaçu com ampliação da produção. Nós podemos atender essas demandas com muito carinho e o que tiver ao nosso alcance”, afirmou.

Ele acrescenhtou que “somos favoráveis à internet grátis. Recebi projeto para construção de backbone em fibra ótica visando atender a região Sul do Estado do Piauí. O backbone é um esquema de ligações que através da fibra ótica vai possibilitar a expansão da internet para os municípios do interior, formando uma rede de dados com tecnologia moderna. O Piauí Conectado que tem por objetivo universalizar a inclusão digital no estado, tem dado passos importantes no sentido de levar internet gratuita aos municípios piauienses”.

O projeto apresentado ao ministro Celso Pansera pelo governador Wellington Dias é o Piauí Conectado que tem por objetivo universalizar a inclusão digital no estado, tem dado passos importantes no sentido de levar internet gratuita aos municípios piauienses. Em Teresina duas praças já receberam pontos de wifi livre, mais oito praças também irão receber, contemplando assim todas as regiões da capital.

Meio Norte – O senhor se reuniu com a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Piauí (Fapepi). Qual foi a pauta do encontro?

Celso Pansera – O governador Wellington Dias apresentou o projeto de ampliação da cobertura da rede de fibra óptica do Estado. Quer o apoio do Governo Federal para isso. Essa foi uma demanda que o governador nos apresentou e também alguns projetos de pesquisa na área de babaçu. Ele quer incentivar a cultura do babaçu com ampliação da produção. Nós podemos atender essas demandas com muito carinho e o que tiver ao nosso alcance. Nós somos favoráveis à internet grátis. Recebi projeto para construção de backbone em fibra ótica visando atender a região Sul do Estado do Piauí. O backbone é um esquema de ligações que através da fibra ótica vai possibilitar a expansão da internet para os municípios do interior, formando uma rede de dados com tecnologia moderna. O Piauí Conectado que tem por objetivo universalizar a inclusão digital no estado, tem dado passos importantes no sentido de levar internet gratuita aos municípios piauienses. Em Teresina duas praças já receberam pontos de wifi livre, mais oito praças também irão receber, contemplando assim todas as regiões da capital. Os Ministérios da Ciência e Tecnologia e o Ministério das Comunicações podem apoiar o projeto.

Meio Norte – Há alguns anos, o Governo Federal envia jovens para estudar e pesquisar no exterior , através do Programa Ciências Sem Fronteiras. Qual o resultado desse trabalho e já está influenciando na pesquisa científica no Brasil?

Celso Pansera – O Programa Ciências Sem Fronteiras é um programas mais importantes envolvendo pesquisadores e cientistas que o Brasil já teve. Fora do Brasil, o Programa Ciências Sem Fronteiras é reconhecido como uma das mais ousadas e criativas iniciativas de uma nação para formação de mão de obra e de recursos humanos. Essa primeira fase será encerrada em setembro deste anos e até lá o Brasil terá organizado e anunciado a segunda fase.

Meio Norte – O que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação está destinando às universidades federais na área de tecnologia?

Celso Pansera – No meu tempo de universidade, nos anos 80, a nossa pauta era que as universidades públicas tivessem aulas a noite e que se voltasse para a criação de novas universidades. O Governo Federal se voltou para a criação de novas universidades, os Estados também e o nosso ministério tem investido na melhoria da infraestrutura de nossos laboratórios. Esses programas como o voltado para a melhoria dos laboratórios e os ambientes universitários continuam funcionando, com os editais andando e com o governo tem tido essas dificuldades fiscais, mas a gente tem procurado preservar os investimentos em nossa área.

Meio Norte – No caso da pandemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o Brasil tem pesquisado para ter uma vacina contra a dengue. Isso é uma novidade da ciência do Brasil?

Celso Pansera – A novidade é que a vacina para os tipos 1, 2, 3 e 4 de dengue está nas fases 1 e 2. A fase um é quando se faz in vitro e em animais, com eficiência elevada, e fase 2 já tem pequenos grupos de humanos, também com níveis de eficiência de 90% e a fase 3, a última fase para que a Anvisa reconheça como um remédio aplicável e que possa ser receitado pelo sistema médico, não só a Anvisa, mas todo mundo, é a fase mais cara, ela demanda recursos elevadíssimo. Essa terceira fase, nós já estamos fazendo. Está saindo o primeiro pagamento para o Instituto Butantan nos próximos dias. O instituto pediu de dois a três anos para concluir a vacina. Concluída, nós vamos ter uma vacina.

Meio Norte – Qual a importância dessas pesquisas para a ciência brasileira como um todo?

Celso Pansera – Vão colocar o Brasil novamente na linha de produção de fármacos e biofármacos. A questão da saúde é de emergência, mas a solução se dá através da ciência, de pesquisas a longo prazo e feito um trabalho muito bom no Piauí com a Secretaria Estadual de Saúde no sentido de incentivar e realizar pesquisas para que o Brasil, dentro de poucos anos, combata de forma eficiente a dengue, a cinkungunya e a Zika.

Meio Norte – No início deste mês, autoridades dos EUA e da Organização das Nações Unidas (ONUx) afirmaram que o Brasil não estaria compartilhando amostras e dados o suficiente sobre o zika para permitir que pesquisadores determinem se o vírus está realmente por trás dos casos de microcefalia. O Brasil não está compartilhando as amostras e os dados?

Celso Pancera – A lei da bioburocracia tem uma série de critérios de que protege o patrimônio genético brasileiro. Não existe nenhum impedimento do envio de amostras do vírus para o exterior. Inclusive o Brasil já enviou amostras para o exterior, notadamente, para o Instituto Nacional Americano, que é parceiro nosso no desenvolvimento da vacina da dengue. Eles já receberam as amostras necessárias. As pesquisas nacionais já estão bem avançadas. O Brasil está financiando pesquisas para a produção de uma penta vacina, que deve proteger os quatro tipos de vírus da dengue, e o da Zika. Em no máximo três anos, o Brasil terá uma vacina muito eficiente para o vírus da dengue. Nós agora vamos entrar numa terceira fase da pesquisa que envolverá mais de 17 mil pessoas, através do Butantã e da Fiocruz. Essa vacina, durante as duas primeiras etapas, demonstrou 90% de eficiência para combater os quatro vírus da dengue. O Butantã fará uma pesquisa inoculando o vírus da Zika nessa mesma pesquisa e talvez nós teremos uma penta vacina para os cinco tipos de vírus.

Fonte: Meio Norte

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