Uma criança do sexo feminino encontra-se em coma na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde a última quinta-feira (14/04). O quadro é de intoxicação e ela não reage de forma alguma. Familiares disseram para os médicos do HUT que ela teria sido obrigada a ingerir um líquido em um suposto ritual de magia negra. Essa informação está sendo investigada pela polícia.
O diretor do HUT, Gilberto Albuquerque falou sobre o estado da criança em reportagem no programa Jornal do Piauí da TV Cidade Verde. "Ela ainda não evoluiu para a melhora, ela se mantém num coma profundo e o quadro clínico dela é muito crítico, então é um caso onde existe a possibilidade de vir a viver muito pequena", disse o diretor.
A vítima veio do hospital do satélite e chegou no HUT praticamente sem sinais vitais. A mãe disse que ela havia passado mal de repente. Médicos pressionaram a mãe da criança sobre o que realmente teria acontecido, quando um parente fez uma revelação dizendo que a garota era obrigada a tomar um líquido misterioso. Uma amostra desse líquido foi deixada no hospital para passar por uma análise.
Familiares teriam dito ainda, segundo a reportagem da TV Cidade Verde, que a mãe participaria de reuniões de magia negra em um município no estado do Maranhão.
"No começo a família negou a possibilidade de intoxicação, foram coletados resíduos do estômago dela, do frasco que os parentes trouxeram até aqui para a polícia analisar para saber se era algum tipo de veneno, droga ou qualquer outra coisa que possa ter levado a garota a esse quadro", disse o diretor do HUT.
Segundo o diretor do hospital, a criança tem a cabeça raspada e várias cicatrizes espalhadas pelo corpo em forma de cruz.
O Conselho Tutelar tomou conhecimento do caso e registro queixa na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente. A conselheira responsável já requisitou exame toxicológico na criança e uma análise no líquido.
A mãe que é separada do pai e tinha a guarda da filha até o momento não foi encontrada. A DPCA acredita que o fato foi uma tentativa de homicídio e entregou o caso à delegacia do 11º Distrito Policial.
O que é ressaltado na reportagem é que o delegado titular do 11º Distrito Policial informou que não recebeu nenhuma demanda relacionada a esse caso, e aí fica a pergunta: quem está cuidando deste caso? Já são cinco dias desde a entrada da criança no HUT.
Fonte:180graus