Matéria / Polícia

Altos: Professor espancado após o Corso morre em THE

Seis meses depois, a polícia não teria chegado à autoria do crime que chocou o município

13/08/2016 | Edivan Araujo
/

Morreu nesta sexta-feira (12/08), em Teresina, o professor Carlos Machado. Ele estava em recuperação desde fevereiro, quando no dia 06 daquele mês foi brutalmente espancado em Altos-PI, enquanto seguia para casa após participar do Corso do Zé Pereira do município. Com graves sequelas cerebrais, ele teve uma piora no seu quadro de saúde, nesta semana, e teve óbito confirmado na tarde de ontem.

Carlos apresentava traumatismo cranioencefálico, que o deixou incapacitado.

Entenda o caso
O professor foi encontrado por trás de uma escola, em uma rua estreita e de pouco movimento, já desacordado e com o rosto desfigurado. De lá foi levado por uma equipe do Samu, em uma ambulância de suporte avançado para o HUT, onde ficou aguardando uma vaga na UTI, conseguida somente após mandado de segurança impetrado junto ao Tribunal de Justiça.

Altoense, o professor trabalhava no Maranhão, e foi para a cidade apenas curtir o carnaval.
Andamento do inquérito
O inquérito para investigar a morte do professor chegou a ficar dias parado, aguardando pela chegada de um delegado, no município. Uma equipe especial, coordenada pelo delegado Francisco Rodrigues, ficou responsável por dar andamento às investigações. Nas redes sociais, o caso foi tratado como crime homofóbico. Para a polícia, tentativa de latrocínio.

Nos registros do inquérito policial junto à página do Tribunal de Justiça do Piauí, a última movimentação documentada data do dia 15 de março, quando a juíza Andrea Parente Lobão Veras deferiu pedido de prorrogação do inquérito policial por mais 60 dias.

Sem identificação dos autores
Em 25 de fevereiro um suspeito pelas agressões chegou a ser preso, mas no pedido de prorrogação de prazo protocolado em março, para seguimento ao inquérito, a autoridade policial relatava a “dificuldade de encontrar testemunhas” das agressões, e que ainda não conseguira identificar os prováveis autores. A quebra do sigilo telefônico também fora requisitada.

A fonte desta matéria tentou contato com o delegado Francisco Rodrigues para atualizar as informações sobre o andamento do caso, mas não houve sucesso.


Fonte: 180graus

Facebook