Três homens foram presos no último dia 8, na cidade de Fronteiras (400 km de Teresina), suspeitos de arrecadarem mais de meio milhão de reais ao longo de três anos atuando como "cartãozeiros". Eles são João dos Santos Prata, de 39 anos, do Maranhão, Gessefran Siqueira da Silva, de 39 anos e Mateus Carvalho da Silva, de 31 anos, ambos de Estreito (TO).
O tenente Gilson Medeiros, comandante de policiamento da cidade, explicou como atuavam os "cartãozeiros": eles iam a agências bancárias e terminais de autoatendimento aos finais de semana, faziam troca de cartões dos clientes, obtinham senhas e realizavam transações bancárias como transferências, saques e pagamentos de boletos.
"Eles iam aos finais de semana que é quando não há os funcionários do banco, então eles oferecem ajuda para as pessoas mais humildes e elas oferecem todas as informações. Algumas vezes eles deixam cair um cartão no chão, fingem que é da pessoa e na hora da entrega, fazem a troca", explicou.
Os homens foram presos durante operação de rotina da PM de Fronteiras, cidade que fica na divisa com o Ceará e o Pernambuco. O trio estava em um Corsa Classic prata e os três apresentaram comportamento suspeito quando abordados.
Após revista pessoal e conversa individual, o carro foi revistado e a polícia achou mais de 30 cartões de bancos, além de documento falso de um dos ocupantes. Ele ficou detido na delegacia de Fronteiras e irá responder por falsidade ideológica, documento falso e estelionato. Os outros dois responderão em liberdade pelo crime de estelionato.
Segundo o policial, os homens atuavam há mais de três anos em cidades do interior do Ceará, Pernambuco, Maranhão, Tocantins e Piauí. Em território piauiense, fizeram vítimas em agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco nas cidades de Santa Cruz do Piauí, Picos, Simões, Fronteiras, Pio IX e Jaicós.
"Isso onde nós sabemos. Somente em Fronteiras temos o registro de dois boletins de ocorrência, um dos moradores foi lesado em R$ 22 mil e outro em R$ 5 mil", disse o tenente.
Ele destacou que os clientes deverão ter seus valores ressarcidos junto ao banco, que bloqueará as transações que ocorreram por meio de fraude.
Fonte: Cidade Verde