Matéria / Polícia

Preso por morte de prefeito estava em casa próxima à DP

A morte do prefeito João Gomes, conhecido como "Russo", ocorreu durante o velório de um amigo da família.

10/12/2016 | Edivan Araujo
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Os dois homens presos em Teresina, suspeitos de participação na morte do prefeito de Goianésia do Pará, em janeiro deste ano, foram localizados em uma residência no bairro Ininga, zona Leste da capital. Segundo a polícia, eles estavam prontos para seguir fuga em direção ao estado do Pernambuco. A prisão efetuada nesta manhã (09/12) atendeu mandados de prisão expedidos pela justiça do Pará, para onde os dois serão recambiados.

Um dos presos se identificou à polícia como Aguinaldo Peixoto de Alencar. Contudo, ele é também procurado como sendo Benedito Peres Campelo. O homem é suspeito de ser o executor do prefeito João Gomes da Silva, que era natural de Barras (PI). Apesar da naturalidade do prefeito e da prisão ter ocorrido em Teresina, a polícia nega envolvimento de outros piauienses.

Além da suspeita de envolvimento na morte do prefeito, ele estaria ainda ligado à morte de um vereador e de um secretário.

Segundo o delegado Emerson Almeida (foto abaixo), da equipe da Delegacia de Homicídios, o mesmo homem seria ainda responsável por duas execuções, incluindo um vereador e um secretário. O outro suspeito preso não teve nome revelado, já que os policiais suspeitam de que ele tenha apresentado identidade falsa. Os dados dele foram enviados para a polícia do Pará, e a DH aguarda confirmação antes de liberá-lo.

A casa onde os dois estavam fica na mesma rua do 12º Distrito Policial, bem próximo ao prédio da delegacia.

A morte do prefeito João Gomes, conhecido como "Russo", ocorreu durante o velório de um amigo da família. Um homem que já estava no local fez os disparos contra o político e fugiu de moto com o apoio de um comparsa que o aguardava na área externa de onde ocorria o velório. Menos de um mês depois, outro crime chocou a cidade.

Desta vez o vereador José Ernesto da Silva Branco foi atingido com disparos à queima-roupa, quando retirava um de seus caminhões de um atoleiro, próximo à rodovia PA-150. Ele foi um dos que prestou depoimento sobre a morte do prefeito. O parlamentar era natural de Goiás e planejava concorrer pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS) à prefeitura de Goianésia do Pará. Ele era o presidente da sigla no município. O delegado no Piauí não confirmar se de fato, a morte deste vereador, tem relação com as prisões hoje efetuadas.

Prefeito que assumiu após morte é afastado
Segundo o site G1 Pará, o juiz da Comarca de Jacundá determinou o afastamento do atual prefeito de Goianésia do Pará, Antônio Pego, assim como de seus secretários de Educação, Assistência Social e Administração. Todos são acusados pelo Ministério Público do Estado de cometer irregularidades que acarretam prejuízos sobre os cofres públicos. Conhecido como "Tonhão", Antônio era vice de "Russo" e assumiu a gestão após o assassinato.

Entre as irregularidades pontuadas pelo Ministério Público estão o atraso no pagamento de salários dos servidores após as eleições; desvios de recursos destinados à Educação Básica; irregularidades no contrato administrativo de prestação de serviços com uma empresa responsável pelo transporte escolar; ausência de pagamento do PRAY (Projeto de Salvamento das Crianças da Amazônia), apropriação indébita de créditos consignados descontados dos servidores públicos e não repassados à Caixa Econômica Federal, cujos valores chegam a R$1.126.237,66; e fechamento da casa do idoso do município sob alegação de “ausência de recursos” e de “orçamento para manutenção”.

*Com trecho do G1 Pará

Fonte:180graus

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