Matéria / Polícia

Mãe que jogou bebê no lixo diz que se arrependeu

O caso causou comoção na cidade, localizada a a 194 km de Picos

15/02/2017 | Edivan Araujo
A criança foi encontrada por garis na manhã da última segunda-feira, 13 / Foto: Reprodução

A Polícia Civil localizou a mãe que abandonou a filha recém-nascida em um cesto de lixo no município de São Miguel do Tapuio,  a 194 km de Picos. O delegado Anchieta Nery, responsável pela investigação, conta que a mãe apresenta sinais de depressão e disse à polícia que havia se arrependido de ter jogado a filha dentro de um balde e amarrado na sacola. 

A mãe, que não teve a identidade revelada, está em liberdade e ainda não prestou depoimento formal. Familiares também foram localizados. O bebê do sexo feminino foi abandonado nesta segunda-feira (13), na praça central da cidade de São Miguel do Tapuoio, e localizado por garis. Relembre o caso!

"Ela diz que enfrentava um quadro depressivo que se agravou por conta do parto e diz ainda que se arrependeu imediatamente, mas quando chegou na praça, viu que a equipe de limpeza ja havia encontrado a filha e como havia uma aglomeração de pessoas ficou com medo", disse o delegado. 

A mãe informou à Polícia Civil que abandonou a filha logo após o parto, que não foi realizado em uma unidade de saúde. 

"No momento, tivemos apenas uma conversa informal com essa mãe e estamos colhendo informações, apurando se algum familiar podia ter evitado isso. Ela não é totalmente incapaz e pode responder por abandono, pois uma pessoa só é considerada inimputável, se assim a Justiça determinar. Ela aparenta um grave problema de saúde e o cárcere poderia piorar a situação. A gente avalia que não há risco de fuga", explica Nery. 

O bebê  continua em observação no hospital da cidade. O delegado acrescenta que está sendo avaliado a possibilidade da criança ficar sob responsabilidade de algum parente da mãe. 

COMOÇÃO

O delegado Anchieta Nery ressalta que o caso causou bastante comoção na cidade e que ficou surpreso com a reação da população que procurou o Conselho Tutelar para adotar o recém-nascido. 

"Várias pessoas demonstraram interesse em cuidar do bebê e adotá-lo. Já estávamos vendo com o Judiciário a situação de abrigamento do bebê após a alta médica, mas agora estamos trabalhando com a possibilidade de algum familiar direto assumir essa responsabilidades. Isso só será feito após entrevista do Conselho Tutelar e Assistência Social que poderão atestar se o ambiente que o bebê será levado é seguro", acrescenta

O bebê nasceu de nove meses e está aparentemente saudável, apenas abaixo do peso. A menina permanece 24 horas sob os cuidados do Conselho Tutelar. 

Fonte: Cidade Verde

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