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Reabilitação melhora qualidade de vida de portadores de síndrome de Down

No dia 21 de março comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down

21/03/2017 | Edivan Araujo
Erica Letícia, de dois anos e onze meses, realiza a reabilitação multidisciplinar antes mesmo do seu primeiro ano de vida. / Foto:Jesika Mayara

No dia 21 de março, é comemorado em todo o mundo o Dia da Síndrome de Down. A data faz alusão aos três cromossomos no par de número 21, característico das pessoas portadoras da síndrome, a trissomia 21.

Os motivos para a ocorrência da mutação genética ainda são desconhecidos, mas o que sabe é que começa na gestação, quando as células do embrião são formadas de 47 cromossomos, ao invés de 46. A data tem o objetivo de chamar atenção para a luta dos familiares e amigos pela efetivação dos direitos e da inclusão dos portadores de Down na sociedade.

As crianças portadoras da síndrome necessitam de estímulo precoce e tempo de desenvolvimento. O tratamento físico e intelectual pode proporcionar a melhoria na qualidade de vida e dar a elas mais capacidade para enfrentar os obstáculos e desafios do dia a dia.

Vários profissionais estão aptos a realizar essa reabilitação como fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, educadores e a própria família. Como expressou a terapeuta ocupacional, Luciana Martins.

“A síndrome vem acompanhada de algumas características físicas e os portadores possuem algumas limitações. Essas pessoas precisam de estímulos desde os primeiros meses de vida, quanto mais cedo se inicie o tratamento, mais rápido irá ser constatado o desenvolvimento. Antes essas crianças não frequentavam as escolas por receio e superproteção dos pais, a inclusão vem favorecer o sentido de garantir o desenvolvimento das mesmas, dentro de suas limitações. A família precisa acreditar no potencial do portador de Down e investir, ela é parte fundamental do desenvolvimento”, disse Luciana.

Terapia ocupacional

A terapia ocupacional trabalha com a estimulação precoce desde os primeiros meses de vida das crianças portadoras da síndrome.

“Realizamos a estimulação sensorial. Trabalhamos o brincar, o sentar e todos os demais aspectos de atraso cognitivo existentes no paciente. Em caso de crianças maiores iremos estimular a parte cognitiva através de jogos e atividades corporais”, disse Luciana.

A terapia também trabalha as atividades da vida diária, em que o paciente possui dificuldades, ensinando algumas atividades que ele não aprendeu sozinho.

Fonoaudiologia

Os portadores da síndrome possuem limitações na comunicação, onde o fonoaudiólogo atua na parte da linguagem.

“A síndrome não é uma doença, é uma condição de vida. O que achamos mais importante na reabilitação é o diagnóstico precoce que pode ser feito desde o quinto mês de gestação, através da ultrassonografia morfológica. Geralmente essas crianças apresentam uma alteração miofuncional e orofacial. Trabalhamos a motricidade facial com o alongamento de língua, lábio, bochecha e palato”, disse o fonoaudiólogo Jansen Anderson.

Fisioterapeuta

Uma das principais características da síndrome no âmbito da fisioterapia é a hipotonia muscular, onde os bebês nascem com o corpo mole sendo comum o afrouxamento dos ligamentos das articulações.

“Ajudamos no processo de desenvolvimento da criança em todos os aspectos. É importante começar o tratamento o mais cedo possível algumas das manobras que realizamos diz respeito a mudança de decúbito, exercícios respiratórios, balanço, entre outras ações”, disse a fisioterapeuta Mariana Leopoldo.

No caso de pacientes adultos ou crianças maiores o objetivo do tratamento é diferente, uma vez que eles já possuem equilibro de tronco e já andam. Nesse caso a reabilitação estimula o tônus muscular e a resistência cardiopulmonar.

 

Fonte:Picos40graus

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