Por José Maria Barros
O diretor do Terminal Rodoviário Zuza Baldoino, em Picos, Francisco de Assis Batista Portela, o Sisim, rebateu as críticas formuladas por uma comissão de deputados estaduais que visitou o local na última quinta-feira, 23. Ele defendeu a terceirização e, garantiu que a empresa vencedora da licitação vem investindo na melhoria do prédio e na prestação dos serviços aos usuários.
A comissão que visitou a Rodoviária de Picos era formada pelos deputados Rubem Martins e Gustavo Neiva, do PSB, e Belê Medeiros (PP). Eles criticaram a falta de investimentos por parte da empresa que assumiu o controle do terminal e denunciaram a cobrança abusiva do aluguel aos permissionários.
“Na realidade eu vejo como proveitosa a visita da comissão de deputados ao Terminal Rodoviário de Picos! Agora, o que vimos aqui, ficou bem claro, é que se trata de uma visita política e não estrutural! Temos aqui banheiros melhores dos que os do shopping, um luxo, e os deputados não visitaram os banheiros. Se fosse para ver a estrutura do terminal, tinham que vistoriar os banheiros e isso eles [deputados] não fizeram” – argumentou Sisim.
Impasse com permissionários
Sisim garante que o impasse existente entre a direção do terminal e os permissionários vem de longe. Segundo ele, durante 23 anos que a Rodoviária de Picos foi administrada pelo governo do estado, tinha um aluguel de R$100,00 por mês e, apesar do preço irrisório, 90% dos permissionários não pagavam.
“Com a terceirização eles vão ser obrigados a pagar o valor determinado pela empresa ou mais barato, por isso eles [permissionários] estão revoltados. Querem continuar da mesma forma que era anteriormente” – denuncia Sisim.
O diretor ressaltou ainda que, a partir do momento em que terceirizou a situação a outra. Vão ter uma rodoviária limpa, estruturada, segura, a altura do que Picos tanto sonhou e merece. “Mas, quem quiser ganhar dinheiro nesse terminal vai ter que arcar com suas despesas” – adverte.
Segundo Sisim, hoje a folha de pagamento da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), com o material de limpeza e energia gira em torno de R$ 40 mil, enquanto a renda do terminal para a empresa é de aproximadamente R$ 15 mil, situação que vem há mais de um ano. Sem falar que já foram investidos algo em torno de R$ 500 mil na reforma do prédio, tudo com o objetivo de prestar um melhor serviço à população.
Com informações do JP Online