O Sindicato dos Agentes Penitenciários confirmou nesta sexta-feira (15) que a greve da categoria permanece e os presídios do Piauí vão continuar sem receber novos presos pelos próximos dias. O presidente do Sindicato, José Roberto Pereira, explicou que mesmo com a operação deflagrada pela Secretaria de Justiça nesta sexta-feira os agentes penitenciários continuarão impedindo visitas, além dos serviços de atendimento de advogados, condução de presos para audiências de custódia e a entrada de novos detentos no sistema.
Mesmo com serviços interrompidos a categoria garante que está cumprindo rigorosamente a ordem administrativa do Tribunal de Justiça que determina que os agentes mantenham o mínimo de 60% do efetivo nos presídios.
"A greve continua da mesma forma e mais forte em todos os seus termos. Os agentes estão mais mobilizados e cumprindo a ordem do Tribunal. Na verdade nós nunca desrespeitamos essa questão pois o efetivo é mantido em 100% nos presídios. Estamos trabalhando. O que estamos cortando são determinadas atividades, mas na greve não cortamos servidores, todos estão lá", pontua o presidente do Sinpoljuspi.
Na manhã desta sexta-feira (15) a Secretaria de Justiça do Piauí deflagrou a Operação Habitar, com o objetivo de garantir a entrada de novos presos e o reestabelecimento das visitas na Casa de Custódia de Teresina. Porém segundo o presidente do sindicato, as visitas ocorreram controladas e em acordo feito entre os policiais e a categoria. Tudo para evitar um "banho de sangue" denunciado pela categoria.
"O secretário Daniel Oliveira armou esta armadilha de forma irresponsável contra os agentes. Os policiais militares foram enviados com a ordem de 'passar por cima de um jeito ou de outro' do movimento. O que ia acontecer era um massacre. A PM é feita de homens e mulheres armados, eles são de carne e osso e isso era uma tragédia, um banho de sangue que partiu da cabeça desestabilizada desse secretário. Nós abrimos uma exceção em nome dos pais e mães de família que o secretário não lembrou quando determinou isso", enfatizou o presidente.
"Não mais reconheceremos o secretário de Justiça como nosso gestor. Ele poderá continuar por decisão do Estado mas ele não vai mais dirigir ordens a categoria. Nós não iremos aceitar. Nós não queremos mas nem que ele deixe a pasta. Nós seremos indiferentes ao secretário que está desestabilizado mentalmente para assumir uma pasta tão sensível", concluiu o presidente.
Fonte:Cidadeverde