A palestra proferida na noite desta sexta (15) na V Edição do Salão de Livros do Vale do Guaribas – SaLiVaG do jornalista investigativo Roberto Cabrini, deixou o publico presente muito satisfeito pela forma como ele conduziu o bate-papo interagindo com a plateia sempre que podia, onde o tema principal era “Os caminhos do jornalismo investigativo”, e agradou a todos.
Cabrini atualmente está à frente do programa “Conexão Repórter”, exibido na madrugada de domingo no canal SBT. Esta é a segunda vez que um jornalista integra o time de convidados do SaLiVaG. Na edição de 2016 Caco Barcelos falou sobre seu trabalho de reportagem e sobre temas como injustiça social, violência e direitos humanos.
Durante a palestra Roberto Cabrini falou sobre seu trabalho e sua carreira profissional, mais procurando destacar o grande trabalho do jornalismo investigativo e o que se denomina de a grande reportagem, os seus segredos, seus detalhes, suas fontes e seu caráter social que é a busca da verdade que a sociedade tanto espera receber de um bom repórter.
Finalizando sua palestra Cabrini abriu espaço para que as pessoas presentes pudessem fazer perguntas sobre o tema, e outras discursões que se aprofundaram no decorrer em que o mesmo estava falando.
Ao conceder entrevista logo depois da palestra para a imprensa local, Cabrini disse que considera a melhor reportagem sempre a próxima, pois é preciso manter o espirito de sempre querer se aperfeiçoar, e que muitas vezes o jornalista estar em uma matéria aparentemente pouco importante e ela poderá ser a matéria que vai mudar a sua vida, a vida de toda uma comunidade, por que não dizer de todo um país quem saber, disse ele.
Segundo o jornalista, o repórter precisa estar o tempo todo ligado e estimulado naquilo que faz, pois de acordo com ele, o profissional tem o privilégio de poder modificar a vida das pessoas para melhor dependendo é claro da qualidade do trabalho de cada um. “Para mim o mesmo entusiasmo quando eu fiz a minha primeira reportagem quando eu tinha 17 anos, eu sinto a mesma coisa hoje depois de tantas décadas trabalhando como jornalista. Eu acredito naquilo que faço e me sinto honrado, me sinto eternamente motivado em sempre me aperfeiçoar para sempre poder fazer um trabalho digno daquilo que as pessoas que me acompanham merecem”, disse ele.
Por José Maria Barros: Cabrini declarou ainda que a frase dando conta que todos os jornalistas investigativos que honram a profissão estão à procura da imparcialidade, ela é bonita, mas também mentirosa. “Porque não existe jornalismo totalmente imparcial, pois crescemos segundo valores, princípios e conceitos que nos são colocados pelos nossos pais, pela comunidade, líderes religiosos e políticos.” – pontua.
Então, para Cabrini, não existe imparcialidade total! “A nobreza do verdadeiro jornalismo é a procura dessa imparcialidade! Qual o melhor caminho para atingir essa personalidade, essa face imparcial do jornalismo? É exatamente exibir depoimentos com os quais você não concorda e isso é muito difícil” – acrescenta.
Durante a participação de Roberto Cabrini no SaliVaG foi exibido um vídeo contando um pouco da sua trajetória, iniciada aos 16 anos como repórter de uma pequena rádio na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, onde ele nasceu. Ele também respondeu a questionamentos da plateia e ao final posou para fotos.